Adulto, descobri que uma das causas mais profundas do meu estresse emocional se encontra plantado na infância. Acredite! Tudo culpa de uma despretenciosa marca de biscoitos que existia naquela época. Os biscoitos Sortidos. Os mais jovens não sabem, mas naqueles tempos não havia essa diversidade de opções alimentares. Uva custava uma fortuna e a gente só comia - pelo menos comigo era assim - se estivesse doente; maçã era outra iguaria inimaginável de se consumir, ao menos que estiver com algum “disfrusco”ou "espinhela caída". Lembro bem que as maçãs vinham embaladas em papel seda azul (ou era lilás?), uma por uma. Iogurte nem pensar, era coisa de rico. Coca-Cola também era outra mordomia e só no almoço do domingo e olhe lá, quase sempre a gente acabava mesmo era no “Ki-Suco” de groselha servido com gelo numa “poncheira” plástica amarela, de tampa verde e em formato de abacaxi.
Enfim, cresci lanchando biscoitos Sortidos. Era uma decepção. Abria a caixa e me deparava com exatos dois biscoitos chamados Champagne, sem que eu saiba a razão desse nome até hoje; e alguns outros poucos de chocolate. O resto mesmo, e na sua grande maioria, era biscoito Maria. Ou seja, não havia nada de sortido, apesar do nome estampado na caixa.
Em casa, após devorar os biscoitos que realmente valiam a pena, eu era obrigado a comer todo o resto sob pena e a advertência de não poder abrir a próxima caixa.
Só podia dar no que deu. Depressão infanto-juvenil e não tem psiquiatra que resolva viu!?
É camarada, na minha família, por vezes, o método de educação era Piaget, por vezes Pinochet. Por isso fiquei assim...
Enfim, cresci lanchando biscoitos Sortidos. Era uma decepção. Abria a caixa e me deparava com exatos dois biscoitos chamados Champagne, sem que eu saiba a razão desse nome até hoje; e alguns outros poucos de chocolate. O resto mesmo, e na sua grande maioria, era biscoito Maria. Ou seja, não havia nada de sortido, apesar do nome estampado na caixa.
Em casa, após devorar os biscoitos que realmente valiam a pena, eu era obrigado a comer todo o resto sob pena e a advertência de não poder abrir a próxima caixa.
Só podia dar no que deu. Depressão infanto-juvenil e não tem psiquiatra que resolva viu!?
É camarada, na minha família, por vezes, o método de educação era Piaget, por vezes Pinochet. Por isso fiquei assim...
Um comentário:
Aconteceu comigo a mesma coisa.(e com uma geração inteira), na verdade, a gente pedia para os nossos pais comprar auqela caixa de biscoitos "sortidos" só por causa dois ou três biscoitos champagne que vinha na caixa e os redondos com sabor de chocolate(vinha outros redondos parecidos,só que mais claros), o resto era uma diversidade de biscoitos de maizena tipo maria, uns redondos,outros compridos,etc. Há, por falar nas maçãs,quem não se lembra daquelas caixas de madeiras com o nome:Manzanas argentinas. Eu só comia quando adoecia.Ah,ah,ah,ah...(Graças a Deus que hoje é diferente, na feira você encontra até cinco maçãs por um real. Viva o Rio São Franciscooooo. Vivaaaaaa!!!!
Postar um comentário