segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bee Gees

São grandes as chances de atentado na copa da África

Faltam poucos dias para o início da Copa do Mundo e a possibilidade de atentados durante a competição ganhou ainda mais força. Segundo Ronald Sandee, diretor da Fundação NEFA, entidade que investiga atividades terroristas pelo mundo, há 80% de chances de que um incidente deste tipo aconteça na África do Sul.

Em entrevista ao jornal sul-africano "Sunday Times", Sandee disse ter alertado o congresso americano sobre os indícios de um ataque. De acordo com a NEFA, terroristas de Paquistão e Somália estão sendo treinados no Norte de Moçambique. Na África do Sul, já haveria uma forte estrutura montada para ataques simultâneos ou aleatórios.

O "Sunday Times" revela que os terroristas fazem parte dos grupos Al-Qaeda e Al-Shabaab. Duas fontes confirmaram ao jornal a existência dos campos de treinamento em Moçambique. Apesar de não saberem dizer o tamanho do dano que poderiam causar, ambas garantiram que há planos concretos de atentados durante a Copa.

Autoridades sul-africanas vieram a público neste domingo para desmentirem a possibilidade de ataques.

- Até onde sabemos, não há ameças ligadas à Copa do Mundo. Nenhum país está imune a essas coisas, por isso dizemos que continuaremos atentos. Mas não há nenhuma ameaça à Copa - afirmou Brian Dube, porta-voz do Ministério de Segurança do país, à agência AFP.



Fontes
De Lancepress
Blog do Ricardo Noblat

domingo, 30 de maio de 2010

El amor se va - Joe Dassin

Pierre Auguste Renoir (França - 1841-1919)

Banhista com cabelo loiro

Sem dúvida é um dos artistas mais conhecidos e apreciados. Por que isso? Talvez pela sua maneira de procurar sempre retratar o que é bonito e agradável e deixar os problemas e as coisa feias para o universo do mundo real. Para o seu mundo de artista Renoir levava unicamente o que lhe fazia bem aos olhos e a alma. Por isso é fácil gostar de sua arte: não precisa ser interpretada ou lida de modo intelectualizado e nem confrontada com princípios ou idéias. Sem ser revolucionário e sem radicalizar contra qualquer conceito, Renoir firmou-se por uma aceitação quase universal. A sua idéia não era exatamente retratar a realidade, mas a maneira como essa realidade lhe causava uma impressão no instante dado. Junto com outros, como Monet que era seu principal amigo, criou assim a escola impressionista, em Paris, no final do século XIX.

Pai terá que indenizar filho por abandono moral

A juíza Simone Ramalho Novaes, da 1ª Vara Cível de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, condenou um pai a indenizar seu filho, um adolescente de 13 anos, por abandono moral. Ele terá de pagar ao jovem, valor correspondente a 100 salários mínimos, acrescidos de juros e correção monetária.

De acordo com a assessoria do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), a condenação é inédita no Estado fluminense.

Segundo a juíza, a questão é polêmica e demanda prudência do Judiciário para que a decisão não sirva de instrumento de vingança, "mas sim de reparação de um dano, de fato, suportado com prejuízos na formação da personalidade e identidade da criança".

A ação de indenização foi movida pelo filho, que é representado no processo por sua mãe. Ele conta que a paternidade foi reconhecida através de longa batalha judicial que começou em 1992 e só terminou após a realização do exame de DNA. O adolescente afirma também que, mesmo com a paternidade reconhecida, ainda se vê privado do direito de convívio com seu pai, e que a falta do reconhecimento espontâneo e ausência paterna até o presente momento de sua vida geraram danos de ordem moral e material.

"Se o pai não tem culpa por não amar o filho, a tem por negligenciá-lo. O pai deve arcar com a responsabilidade de tê-lo abandonado, por não ter cumprido com o seu dever de assistência moral, por não ter convivido com o filho, por não tê-lo educado, enfim, todos esses direitos impostos pela Lei", escreveu a juíza na sentença.

Ela baseou sua decisão no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e no Código Civil. Segundo Simone Ramalho, no artigo 19 do ECA constata-se que o direito de ser educado e criado no seio da família foi incluído entre os direitos fundamentais da criança e do adolescente. Já o Código Civil, em seus artigos 1630/1638, estabelece que a responsabilidade dos pais em relação aos filhos é conjunta, atribuindo-lhe o nome "poder familiar", e pune aquele que deixar o filho em abandono.

"Desta forma, o poder familiar foi instituído visando à proteção dos filhos menores, por seus pais, na salvaguarda de seus direitos e deveres. Em sendo assim, analisando os diplomas legais citados, chega-se à conclusão de ser perfeitamente possível a condenação por abandono moral de filho com amparo em nossa legislação", salientou a juíza.

Em sua defesa, o pai afirmou que teve apenas uma eventual relação com a mãe do autor e por isso duvidou da paternidade. Ele disse também que, após a confirmação da paternidade, cumpriu suas obrigações e tentou diversas vezes a aproximação com o menino, sendo impedido pela mãe da criança, que tem lhe causado problemas familiares, pois está casado e tem uma filha. Alegou também que, se a visitação ao filho foi impedida pela mãe, não deve consistir em dano moral.

A juíza considerou, no entanto, que a aproximação com o filho poderia ter sido novamente obtida quando o menino alcançou idade e discernimento suficientes, mas não foi o que ocorreu. "O réu deixou evidenciado sua total falta de interesse pela vida do menor. Não existiu até o momento qualquer relacionamento entre pai e filho", concluiu Simone Novaes.

Serafim e seus filhos, de Ruy Maurity - Grupo Tarancon

A imagem perdida

Como essas coisas que não valem nada
E parecem guardadas sem motivo
(Alguma folha seca... uma taça quebrada)
Eu só tenho um valor estimativo...

Nos olhos que me querem é que eu vivo
Esta existência efêmera e encantada...
Um dia hão de extinguir-se e, então, mais nada
Refletirá meu vulto vago e esquivo...

E cerraram-se os olhos das amadas,
O meu nome fugiu de seus lábios vermelhos,
Nunca mais, de um amigo, o caloroso abraço...

E, no entretanto, em meio desta longa viagem,
Muitas vezes parei... e, nos espelhos,
Procuro em vão, minha perdida imagem!


Mario Quintana

Professora dá DVD pornô a aluna de 8 anos

A mãe de uma garotinha de oito anos ficou chocada quando sua filha lhe mostrou um DVD pornô que recebeu de uma professora na escola.

Originalmente, o disco deveria ter imagens do ano escolar.

Dana Hill disse que sua filha, estudante do colégio Rock Crusher, em Homosassa, Flórida (EUA) trouxe o DVD para casa no dia em que a escola distribuiu as fotos que os alunos tiraram durante o ano.

Então, a garotinha sentou-se no sofá para ver as imagens ao lado do irmão de 12 anos.

Rapidamente os pequenos perceberam que havia algo de muito errado naquelas imagens.

O delegado local afirmou que o DVD foi acidentalmente misturado entre os discos que a escola deveria distribuir e, por isso, ninguém deverá ser processado.

Já o colégio soltou uma nota dizendo que abriu uma investigação interna para descobrir os responsáveis pela bagunça.

Dana não ficou satisfeita. A mãe ainda aguarda um pedido de desculpas.

- A professora ainda não se desculpou. Aliás, ela ainda nem falou comigo depois de toda essa confusão.


Do R7

Padres pedófilos vão se danar no inferno, diz Vaticano

O promotor de Justiça da Congregação para a Doutrina da Fé, reverendo Charles Scicluna, alertou aos padres envolvidos em escândalos sexuais que eles sofreriam danação no inferno pior do que a pena de morte.

Considerado um símbolo da moralidade da Igreja, o maltês Scicluna tem se destacado no combate aos escândalos de abuso sexual clerical.

O reverendo está à frente de um serviço de orações nascido do desejo de alguns seminaristas de Roma, que queriam dedicar um dia de rezas às vítimas de abuso sexual.

A medida também ajudaria o Vaticano a cicatrizar suas feridas com a decisão de ocultar seguidos casos semelhantes aos que vieram à tona nos últimos meses.

De acordo com o site de notícias "Il Sore 24 Ore", a oração de Scicluna afirmava que "seria realmente melhor" para os padres que abusaram sexualmente de menores se os seus crimes "os matassem" porque, para eles, "a danação será mais terrível" no inferno.


Deu em O Globo

sábado, 29 de maio de 2010

Saudades


Nasci das entranhas de D. Mariinha e com os seus cuidados e olhares me fiz criança, homem, nordestino e estudante do interior. Ela sempre me quis ver doutor e eu saí por aí afora a me agarrar às letras que essa vida me pôs no caminho.

Até que um dia, compreendi que tinha de deixar D. Mariinha e ir me fazer na capital da Paraíba. Um divisor de águas. De um lado, uma mãe que empurava o filho para o entorno de suas próprias asas, de outro, um coração materno que agonizava a ausência do filho.

Até que em 1989, com a cara e sem a coragem, parti como um matuto para João Pessoa, em busca de escolas e um vestibular, na mala.

Aportei na rua Barão da Passagem, na Torre. Uma ruazinha tranquila, bem parecida com as tardes do velho Arraial de Piranhas. Ali, num minúsculo kitnet desabotoei a mochila de livros e esperanças. Um período difícil tanto para mim como para D. Mariinha.

Era um jovem cheio de dificuldades e dificultoso. Com muita insistência consegui uma bolsa no Colégio e Curso CA. Com as aulas garantidas, era hora de pensar na subsistência na capital. Sem emprego e sem dinheiro suficiente, as referições eram feitas com a ajuda dos amigos no restaurante universtário da UFPB, de segunda a sexta. Sábados e domingos, era por conta da providência divina.

E Deus não me decepcionou. Ali, na ruazinha da Barão da Passagem, fui adotado aos 21 anos de idade por outra mãe, que não me pariu, mas me dispensou o zelo e o cuidado só próprios às verdadeiras mães. D. Detinha, era o nome dela!

Não me conhecia, não sabia de onde eu vinha, quem era nem para onde ia. Apenas me adotou com aquele sorriso largo e um coração maior que ela. Passei então a fazer parte da família, ganhei os irmãos Aleudson, Aretuza e Sandrinha e seu Dudu como verdadeiro pai.

De repente, os anos passaram, e assim como cheguei, fui embora, levando comigo, toda a gratidão do acolhimento de D. Detinha. Alguns anos depois, já de anel no dedo, fiz-lhe uma visita, era hora de matar saudades, reviver momentos, lembranças imorredouras, promessas dela conhecer D. Mariinha.

O tempo, senhor da razão e, as vezes, obstáculo do coração nunca permitiu que elas se conhecessem.

Em 2002 D. Mariinha se foi e hoje soube que D. Detinha, que um dia me chamou de filho, resolveu partir sem pedir licença. Foi adotar anjos junto de Deus!

Muito Obrigado por tudo mãe!

Por que as mulheres demoram tanto no banheiro ?

O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía: "Nunca, nunca sente em um banheiro público".

E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não entre em contato com o vaso.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente difícil de manter quando a bexiga está estourando.

Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Bradd Pitt deve estar lá dentro.

Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando". Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a menina que não pode mais se segurar. Você, então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Todos estão ocupados.

Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona(nunca funciona); não importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área...

O chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque nunca se sabe...

Mas, voltando à porta... Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição". Alívio......AAhhhhhh.....finalmente...

Aí é quando os teus músculos começam a tremer...

Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.

Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um banheiro público!!!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas... E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua própria bunda e molha até tuas meias!

Por sorte, não molha os sapatos. Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, o rolo está vazio...!( quase sempre).

Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas,para procurar na bolsa, você tem que soltar a porta.Você pensa por um momento, mas não há opção... E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!!!

Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abrí-la novamente (nisso, as mulheres nos respeitamos muito) e você pode procurar teu lenço sem angústia.

Você gostaria de usar todos, mas quão valiosos são em casos similare se você guarda um, por via das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir.

Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alçada bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas... A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público,porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali"... você está exausta.

Ao ficar de pé você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça! Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão.

Você se lava na posição de corcunda de Notre Dame para não deixar abolsa escorregar para baixo do filete de água... O secador, você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para isso. Você então sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada,presa na meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz e te deixou com a bunda à mostra!

Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você."Por que você demorou tanto?" pergunta o idiota.Você se limita a responder: "A fila estava enorme".

E esta é a razão porque as mulheres vão ao banheiro em grupo.Por solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade. Obrigada a todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro...

(Anônimo)

*Texto enviado por e-mail.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

1967, Geraldo Vandré canta Aroeira

Sugestão do Dr. Alberg Bandeira, leitor do nosso blog.

Mulheres e Filosofia

Há um sentido no feminismo filosófico?

A inexistência de mulheres notáveis na história do pensamento, da ciência e das artes sempre poderá ser explicada como efeito do patriarcado que estruturou as relações de poder na civilização. Perguntar hoje sobre um papel das mulheres na filosofia não tem outro sentido além da obrigação ética de desmoronar criticamente o lugar heterônomo que lhes foi outorgado por uma sociedade dos homens. Não se trata de perguntar por culpados, nem simplesmente de dividir as responsabilidades entre as partes no longo processo de dominação do homem pelo homem em que o mais fraco sempre sucumbiu sob o poder do mais forte, ainda que tal questão possa ser compreendida de modo dialético.

Não é o caso de escrever algo como um “pensamento feminino” compensatório do tempo perdido por oposição ao pensamento de um algoz fálico. Tampouco seria de incrementar o feminino mostrando sua verdade oculta e, dentro do patriarcado, implodir as estruturas do aviltamento das mulheres pelo aporte de um discurso histérico ou permanentemente sexuado que nem sempre atinge objetivos coerentes. Talvez seja o caso de, antes, implodir o feminino e, com ele, o masculino para desmistificar o gênero e promover a individuação, o caráter único da vida de cada um no contexto de uma humanidade pensada, esta sim, como ser genérico.

Inverter o processo – colocar o caráter denominado feminino no lugar do dito caráter masculino - seria mera confirmação do poder do que já existiu e seu transvestimento em negativo. O que importa à filosofia é algo mais difícil, a saber, enfrentar a nudez dos fatos: não há um pensamento feminino que possa surgir fora de um pensamento patriarcal. A dialética é obrigatória neste caso. O masculino só pode ser negado determinadamente, avaliando sua qualidade interna e sua ressonância em relação ao que se lhe opõe, e nunca de modo abstrato. Do mesmo modo é preciso negar o feminino para, quem sabe, libertar a razão da armadilha sexual na qual ela foi enredada.

A única saída que há para o feminismo filosófico é a genealogia da história onde as mulheres foram evitadas como sujeitos políticos, o que exige a compreensão dos subterrâneos do poder biopolítico. É ele, como cálculo do poder sobre o corpo e sobre a vida, cálculo sobre a sexualidade, a maternidade – cálculo cristalizado na construída imagem das mulheres como seres belos e feitos para o agrado dos homens - que define o lugar que lhes foi destinado na sociedade patriarcal. O mesmo patriarcado que sustenta o feminino, por outro lado, aniquila a mulher que o guarda. O feminino é a categoria usada para definir o que existe sem que possa existir. Pérola biopolítica. A permissão para “ser mulher” obedece à proibição de se ser livre e soberana sobre seu próprio corpo, em outros termos, de se ser mulher em outro sentido, sem que se precise confirmar um padrão hetero imposto.

Para além da invenção do feminino

Theodor Adorno dizia nos anúncios do feminismo no século XX que o caráter feminino era uma construção da sociedade dos homens(1). Célia Amorós, no clássico “Para uma crítica da Razão Patriarcal” abalou a mesma crença (2).

Quando se fala em mulheres e filosofia hoje se trata muito mais de investigar recalcamentos históricos e sociais, investir numa genealogia sobre o passado e entregar-se à aventura do pensamento para além do gênero, termo que foi utilizado para designar os papéis decorrentes do sexo pensado apenas como anatomia, como natureza/cultura estática. Se o argumento de que é impossível pensar sem o corpo é válido, não é possível esquecer que o sexo elevado à totalidade do corpo, sua metonímia, não passa de armadilha teórica. Não se pode definir um sujeito por seu corpo como mera anatomia. A rigor, ninguém pensa sem seu corpo, embora não se possa saber o que é exatamente um corpo entre o que nele é extensão ou expressão e experiência. Ninguém é apenas seu sexo, bem como não seria apenas seu cérebro. Pensar a libertação das mulheres ou dos homens é, neste caso, pensar a libertação do corpo de jugos estabelecidos em termos de linguagem.

Feminismo como defesa dos direitos da humanidade

Como estrutura do poder o patriarcado só pode ser desmontado pelo feminismo como teoria e prática, movimento social que traz à tona as contradições internas do sistema patriarcal. Nesta linha, um dos primeiros feminismos consistentes foi o de Mary Wollstonecraft que no final do século XVIII defendia, contra Burke e Kant, que o feminismo era uma luta pelos direitos da humanidade (mankind) e não simplesmente uma inversão da estrutura do poder que deveria passar de direito dos homens às mulheres (3). O que chamamos humanidade é um ideal, o da universalidade de direito sempre defendido pelos pensadores humanistas e iluministas. Facilmente, contudo, caiam na contradição de excluírem deste direito da humanidade algo como a metade da humanidade composta pelas mulheres. Kant, o mais curioso defensor destas idéias, propunha uma espécie de universal com dois pesos e duas medidas. As mulheres participariam apenas sustentadas como objetos do “direito pessoal da espécie real (4) que garantia a posse de uma pessoa como se fosse uma coisa. A rigor, apenas o feminismo de Wollstonecraft seria uma verdadeiro iluminismo.

Não é exagero dizer, deste ponto de vista, que a humanidade como ideal moderno nasce sob o signo da falsidade. Sob um ideal tão magnânimo, jazia uma pestilência simbólica. O feminismo avançou na contramão desta fonte intelectual que acreditava piamente num modelo da razão sem autocrítica a imperar autoritária sobre tudo e todos, uma razão que, ao contar com a precariedade intelectual e prática do outro, sempre visto em bom português como otário, era, na verdade, cínica. Cinismo que traiu a todos. O feminismo é, hoje, uma prática da dúvida sobre toda verdade que se pretenda “espertinha”. Feminismo é ainda anti-cinismo. O feminino, infelizmente, apenas mistificação.


Marcia Tiburi
Publicado na Revista Cult


(1) Adorno, Theodor. Minima Moralia. Trad. Luiz Bicca. São Paulo: Ática,1992.
(2) Amorós, Célia. Hacia una crítica de la razón patriarcal. Barcelona: Antrhopos, 1985.
(3) Wollstonecraft, Mary. Political Writings. Oxford University Press, 1994.
(4) Kant, Imanuel. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Martins. São Paulo: Iluminuras, 2007.

Circo Acrobático de Pequim

Absolvida mulher que criou dois papagaios por mais de uma década

A Turma Recursal Criminal do Estado do Rio Grande do Sul decidiu absolver mulher que manteve dois papagaios charão em cativeiro por cerca de 11 anos e conceder a posse definitiva das aves. O entendimento é de que não mais subsiste o delito, pois o tempo em que os animais permaneceram cativos foi suficiente para domesticá-los, de modo que não são mais considerados silvestres e não mais se adaptam ao meio original.

O Ministério Público havia denunciado a mulher nas sanções do artigo 29, § 1º, inciso III, da Lei nº 9.605/98.

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

Em primeiro grau, foi determinada a substituição da pena de seis meses de detenção em regime aberto por prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa fixada em um salário mínimo, além da apreensão dos animais pelo Ibama.

A defesa recorreu pedindo a absolvição da ré diante da domesticação das aves e sustentando que a mulher não poderia ser comparada a traficantes de animais silvestres.

De acordo com os depoimentos colhidos, as aves eram bem alimentadas e tratadas e suas gaiolas estavam em boas condições de higiene. A ré testemunhou ainda que a apreensão dos animais entristeceu sua filha.

Para a relatora do recurso na Turma Recursal Criminal, Juíza Laís Ethel Corrêa Pias, as aves estão na família há mais de uma década e, embora, inicialmente possa se tratar de conduta típica, atualmente não mais subsiste o delito, haja vista que as aves já se encontram domesticadas, impedindo a adaptação ao meio original. Assim, não se podendo considerar os papagaios como animais silvestres, diante do elevado número de anos em cativeiro e já domesticado, impositiva a absolvição da ré, por atipicidade, devendo ficar com a posse definitiva das aves.

A magistrada votou pela absolvição da ré ao considerar que o fato não constitui infração penal (art. 386, inciso III, do Código de Processo Penal).

As Juízas Ângela Maria Silveira e Cristina Pereira Gonzales acompanham o voto da relatora.

Recurso Crime nº 71002559664
*Foto meramente ilustrativa

Câmara aprova que militares dos EUA assumam homossexualidade

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (27) a anulação da lei que impedia que os militares homossexuais revelassem sua orientação sexual.

O texto foi aprovado por 234 votos contra 194, poucas horas depois que uma comissão do Senado votou a favor do banimento da lei. Agora, a medida, que derruba a política do "don't ask, don't tell' (não pergunte, não fale) deve ser avaliada no plenário do Senado.

Fruto de um acordo firmado em 1993 entre o ex-presidente Bill Clinton, o Congresso e o exército, a chamada lei do "don't ask, don't tell" impõe aos militares homossexuais não revelar sua condição sexual sob pena de expulsão.

O presidente Barack Obama já havia solicitado a revogação da lei, que na prática proíbe a participação no exército de pessoas que declararem publicamente sua homossexualidade.

No início de maio, o secretário de Defesa americano Robert Gates e o comandante das forças conjuntas, almirante Michael Mullen, pediram ao Congresso que não levantasse nem flexibilizasse a proibição.

Gates e Mullen afirmaram em carta enviada à comissão de serviços armados da câmara que, por enquanto, se "opõem firmemente" a qualquer mudança na interdição, citando "preocupações" das tropas a respeito.

"Espero que o Congresso não o faça, uma vez que estaria enviando mensagem muito prejudicial a nossos homens e mulheres que vestem o uniforme", dizia o documento.


Fonte G1

Resultado da Enquete

Perguntamos:

Na sua opinião pequenos crimes devem ser punidos com prisão?

35 internautas responderam.

Sim 13
Não 22



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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ouve, namorada, vou te contar um segredinho. Dessas coisinhas que a gente não comenta com ninguém, e fica curtindo a vitória, bem lá no fundo do peito, mas com vontade de gritar pra todo mundo. E se gritar, as pessoas julgarão a vitória como resultado de uma atitude de mau caráter. Mas essa minha até que foi interessante e sem prejuízo de segundos ou terceiros.

Olha, antes de tudo, isso aconteceu e eu não te conhecia direito ainda, viu? Nós não nos víamos muito, acho que que nem era namoro. Por isso, não precisa começar com esse beicinho de zangada, tá?

Vê bem, presta atenção: tenho uma amiga chamada Rosa Maria. Alguns a chamam de Maria Rosa, mas prefiro a primeira forma, é mais fluente. E houve períodos em que, na rota da amizade, chegamos a derrapar em tratos mais íntimos, e não evitamos as derrapadas. Apesar disso, não colidimos pra valer. E era essa colisão que eu procurava. Que provocasse desajustes nos chassis, capotamentos, ferragens retorcidas. Pra valer mesmo!

Acontece que, por outra pista, Rosa Maria foi apresentada a Vinícius de Moraes. E morena que é, complexo estravagante de curvas e cheiros, não custou muito ao poeta, já no primeiro encontro, jogar-lhe um dengo e malícia sarrateiras sugestões de carinhos forradas com a promessa de um soneto especial. E o soneto ficou na promessa, e na cabecinha de Rosa Maria. Enquanto continuava em minha cabeça a tão almejada colisão.

Passado algum tempo, e sabedor de que uma tal noite eu me encontraria com Vinícius no teatro, ela me pediu que cobrasse dele o tal soneto que lhe prometera. E com forte emoção me falou de seu desejo de receber do poeta essa atenção incomum. E olhou-me deslizante, sem muito breque nas rodas.

- Se você conseguir, nem sei o que te dou!

Jurei a ela de olhos fechados que conseguiria o soneto. E vislumbrei aí a oportunidade de provocar a tão almejada colisão.

- Ah, nem sei o que te dou!

“Mas eu sei...” – Pensei.

Passei a ver várias formas poéticas semelhantes, para observar a métrica dos versos e a disposição das rimas. Enfim, compus o meu soneto de Vinícius de Moraes. Desenhei sua assinatura idêntica, pois eu a possuia em três escritos que ele me enviara durante os anos de nosso conhecimento.

Ao ler o soneto, Rosa Maria não cabia em si. Tirou da bolsa um guardanapo no qual Vinícius lhe dedicara uns versos. A assinatura era a mesma!

-Ai, nem sei o que te dou! – abraçava-me ela.

E naquele cruzamento, perdemos a direção. Colidimos na curva, antes da ponte. E derrapamos, capotamos, rolamos ribanceiras. Depois, por entre as ferragens,contei-lhe a verdade. E ainda hoje, não sei não, mas Rosa Maria duvida um pouco não ter sido Vinícius o autor daqueles versos.

De tudo isso, namorada, ficou-me a conclusão de que fazer sonetos é tarefa exclusiva dos poetas maiores.


João Carlos Pecci

My Way, por Misora Hibari


A clássica canção "My Way" na voz da cantora japonesa Misora Hibari, falecida em 1989. Hibari foi uma das intérpretes mais famosas do Japão.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Entre Aspas

"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela. Mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol"

É isso ai.

Não perca as esperanças nas voltas que esse mundo dá

Obama, 21 anos atrás, sentando em um banquinho de madeira em visita a uma tia na África

Obama hoje, sentado na cadeira mais poderosa do mundo


Charge - Amarildo


Salvem as mulhares

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha "Salvem as Mulheres"!

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire GAY.

Só tem mulher, quem pode!


Luiz Fernando Veríssimo


*Enviada por e-mail pela Dra. Cláudia Liane
(Mossoró-RN)

Comissão da Câmara aprova “Bolsa Estupro”; iniciativa foi recebida com protesto por feministas

Sob forte polêmica, a Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou na semana passada um projeto de lei que, entre outras coisas, institui um benefício econômico para mulheres vítimas de estupro, que não desejam realizar aborto. A proposta, batizada por feministas como “bolsa estupro”, prevê o pagamento de benefício para mulheres violentadas que não tenham condições financeiras para cuidar da futura criança.

A proposta segue agora para a Comissão de Finanças e Tributação, onde será analisada a viabilidade financeira da matéria. De acordo com o texto aprovado, o Estado arcará com os custos do desenvolvimento e da educação da criança até que venha a ser identificado e responsabilizado o genitor (o estuprador) ou que a criança seja adotada por terceiros. Se identificado o responsável pelo estupro, ele, além de responder criminalmente, deverá pagar pensão ao filho por período a ser determinado.

A iniciativa foi recebida com protestos por entidades feministas favoráveis à legalização do aborto. Elas alegam que ao beneficiar mulheres vítimas da violência com uma ‘bolsa’, o Estado está sendo conivente com a violência. As entidades afirmam que a proposta abre pressupostos para que estupradores reivindiquem direitos de pai e que a intenção da iniciativa é dificultar o acesso de mulheres vítimas de estupro aos procedimentos públicos de aborto legal.

“Essa bolsa é uma forma das mulheres não recorrerem ao aborto legal. É uma iniciativa muito grave, pois dá a um criminoso os direitos de pai e, além disso, institui a tortura, já que a mulher será obrigada a ficar nove meses carregando o bebê vítima de estupro. Esse projeto é retrógrado e fundamentalista”, disse a coordenadora nacional da Articulação das Mulheres do Brasil e da Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto, Rogéria Peixinho.



Fonte:
Congresso em foco

Nova animação do diretor da "Era do gelo 3" é produzida no Rio de Janeiro

A nova produção tem direção do brasileiro Carlos Saldanha e é toda ela ambientada na cidade do Rio de Janeiro.

Ator Rodrigo Santoro empresta voz a um dos personagens do filme da Fox.

Veja o trailer legendado:


Fonte: www.g1.com.br

Hitler ouvia guru judeu, tinha sífilis e mordia tapetes em acessos de raiva

"O Arquivo de Hitler" mostra facetas curiosas do ditador nazista, como o seu amor por Mickey Mouse, um plano de criar campos de concentração na Madagascar francesa, detalhes de sua intimidade como o casamento com Eva Braun e a relação com outros líderes europeus como Stálin, Mussolini e Churchill.

São ao todo 265 verbetes que foram escritos pelo ex-combatente britânico Patrick Delaforce, que esteve na Guarda Oficial de Churchill durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na 11ª Divisão Blindada na Normandia e esteve entre as primeiras tropas a entrar no campo de concentração de Bergen-Belsen, em abril de 1945.

O autor participou do Tribunal de Guerra de Hamburgo no julgamento dos guardas dos campos de concentração e foi um dos oficiais britânicos que acompanharam a execução de 13 condenados pelos crimes em Belsen. Após deixar o exército, tornou-se escritor especialista em assuntos históricos e de guerra.

Leia abaixo um trecho de "O Arquivo de Hitler".

-
O Conselheiro Místico

No final dos anos 1920, Hitler descobriu um conselheiro místico, o "clarividente" judeu Erik Jan Hanussen, que ganhava bastante dinheiro nos teatros. Hermann Steinschneider - seu nome verdadeiro - tinha, de fato, extraordinárias habilidades premonitórias. Ao ser apresentando a Hitler num evento social em Berlim, insinuou que o líder nazista poderia aprimorar sua oratória. Para surpresa de todos, Hitler perguntou - delicadamente - o que Hanussen lhe sugeria. Ele explicou, então, que, embora tivesse ritmo e dicção impressionantes, Hitler poderia melhorar a linguagem corporal e gestual, pois assim teria maior impacto sobre a audiência. O que, de fato, aconteceu. Nos poucos anos que se seguiram, além de ser o guru "especial" de Hitler, o clarividente judeu o aconselhava na escolha de seus assessores com base em seus dons de clarividência e na astrologia. Em 24 de fevereiro de 1933, durante uma sessão espírita em Berlim, na qual se reuniu um grupo seleto, Hanussen previu um incêndio num grande edifício da cidade. Três dias depois, o Reichstag seria tomado pelas chamas e parcialmente destruído. Em abril de 1933, por ordem do conde Wolf Helldorf, chefe da polícia de Potsdam, Hanussem foi sequestrado em frente a um teatro e assassinado num bosque nos arredores de Berlim.

O "Macaco Falastrão"

A primeira vez que os dois ditadores europeus, Benito Mussolini e Adolf Hitler, se encontraram foi em 14 de junho de 1934 na Villa Pisani, em Stra, próximo a Pádua. O Führer se fazia acompanhar por homens da SS completamente armados sob o comando de "Sepp" Dietrich. Mussolini ficou bastante impressionado. Observou Hitler, com seu corpo franzino, os cabelos mal alinhados e os olhos úmidos; trajava uma capa de chuva amarela, calças listradas e sapatos de couro envernizado. É claro que, como um legítimo Duce, Mussolini - bella figura - trajava um esplêndido uniforme fascista, com um punhal cerimonial e botas pretas com esporas prateadas. Conversaram em alemão (Mussolini dominava várias línguas) e compartilharam seu desprezo pela Rússia e pela França. A Áustria, no entanto, era um ponto de discórdia, pois, conforme os interesses do líder italiano, a Áustria - onde os nazistas empregavam táticas "terroristas" - deveria se manter independente. Transferiu-se o encontro para Veneza, onde Hitler recitou em voz alta alguns trechos de Mein Kampf diante de um Duce entediado, que, após o encontro, expressou seu desdém por aquele "palhaço ridículo", um verdadeiro "macaco falastrão".

O Mordedor de Tapete

Nos anos 1930, quando conversavam entre si, os jornalistas que cobriam as maquinações da Alemanha para abocanhar os Sudetos, a Tchecoslováquia e a Áustria sempre se referiam a Hitler como o "teppichfresser". Na intimidade, em meio à sua pior crise nervosa, o comportamento do Führer muitas vezes assumia uma forma bizarra. Praguejando e esbravejando, por causa da fúria ou da frustração que Edward Bens, o presidente tcheco, ou qualquer um que lhe cruzasse o caminho provocava, Hitler se lançava ao chão e mordia a ponta do tapete. Por isso "teppichfresser", o "mordedor de tapete".

Sífilis

Há, em Mein Kampf, um desagradável capítulo dedicado à sífilis, e é provável que Hitler tenha convivido com prostitutas durante sua passagem por Viena. É certo que insistia em levar Gustl Kubizek para passeios pelo bairro da luz vermelha.

A condição de saúde de Hitler já foi exaustivamente discutida; acredita-se que tenha contraído sífilis em Viena antes da Primeira Guerra Mundial e que, nos anos 1940, sofresse terrivelmente com suas sequelas. A obsessão que o tomou nos últimos anos de vida é considerada um sintoma dessa doença. Além disso, o batimento cardíaco irregular que o acometia sugere uma aortite sifílica. O diário do dr. Theodor Morell, o médico favorito de Hitler, apresenta algumas evidências circunstanciais. O líder nazista era propenso a encefalites, tonturas, flatulências, pústulas no pescoço, dores no peito, dores no estômago e paralisias, todos sintomas da sífilis.

Morell, que foi dispensado por Hitler em 1944 quando médicos rivais assumiram o controle, queimou os diários nas proximidades de um bunker particular em Bad Reichngall ao final da guerra. Embora capturado pelos aliados, não foi a julgamento e morreu em 1948.


Referência:
"O Arquivo de Hitler"
Autor: Patrick Delaforce
Editora: Panda Books
Páginas: 210
Quanto: R$ 32,90
Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha


Fonte:
da Livraria da Folha

terça-feira, 25 de maio de 2010

Filme aborda preconceito contra imigrantes brasileiros nos EUA

O cineasta José Joffily sabe que com seu novo trabalho, “Olhos Azuis”, está mexendo numa ferida delicada de ordem até internacional: a entrada de estrangeiros nos Estados Unidos. “A triagem de quem entra é um processo completamente aleatório. Não são nada raras as situações que o filme trata”, comentou o diretor ao UOL Cinema.

Em “Olhos Azuis”, um brasileiro residente nos Estados Unidos volta ao país depois de visitar a filha em Pernambuco. Ao desembarcar é barrado pelo serviço de imigração que confisca seu passaporte e o submete, junto a outros latinos, a duro interrogatório. Joffily conta que o ponto de partida aconteceu no final dos anos 1990, quando um amigo passou pela mesma situação e acabou deportado.

“Quando se chega ao aeroporto nos Estados Unidos, você é separado por categorias: americanos, europeus, e as pessoas do resto do mundo. O preconceito já começa aí. E com os mais jovens é ainda maior, porque os oficiais da imigração veem neles um imigrante ilegal em potencial”. Curiosamente, a ideia de fazer o filme começou há mais de dez anos e, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, Joffily percebeu que a paranóia contra quem entrava nos Estados Unidos ficara ainda maior.

Joffily lembra que no final de agosto daquele ano, filmava em Nova York o longa “2 Perdidos numa Noite Suja”. Quando voltou para concluir as filmagens em fevereiro do ano seguinte, a cidade estava completamente diferente. “Os Estados Unidos jamais serão os mesmos. O clima depois dos atentados era de total medo, insegurança”.

No filme, que estreia no país na próxima semana, Irandhir Santos (“Quincas Berro D’Água”) é o brasileiro que tenta voltar à sua vida nos Estados Unidos, enquanto o ator norte-americano David Rasche (“Queime depois de ler”) é um oficial da imigração no aeroporto JFK, em Nova York, em seu último dia de trabalho antes da aposentadoria compulsória.

Rasche e Frank Grillo, que interpreta seu subalterno, fizeram várias pesquisas, segundo Joffily, no próprio departamento de imigração do aeroporto e trouxeram uma veracidade muito grande para os personagens e o filme. “Eu acredito que aquilo tudo que o personagem Marshall sente e diz em relação ao estrangeiro reflete a mentalidade do americano médio”. Em época de mundo globalizado, aliás, o cineasta arrisca até um palpite sobre o governo dos Estados Unidos. “Hoje em dia, todo mundo parece meio especialista em política internacional. Como lá o voto é facultativo, apenas 40% dos eleitores votaram nas últimas eleições, que elegeram Barack Obama. Acredito que, atualmente, há muito americano arrependido de não ter votado. Muito mais gente deve ir às urnas na próxima eleição e o resultado pode ser um passo atrás, uma volta da direita ao poder”.

Ganhador do principal prêmio no Festival de Paulínia no ano passado, entre outros, “Olhos Azuis” também já tem uma carreira internacional, tendo sido exibido em festivais na França e nos Estados Unidos. No próximo mês, o filme será apresentado em Nova York e Joffily se confessa particularmente curioso para saber a reação do público norte-americano. “O filme surpreendeu em Paris, pois o europeu sempre espera uma temática diferente do brasileiro”, conta. Santos e Rasche dividiram o prêmio de melhor ator no festival.

Contrastes cinematográficos

Quando começou a pensar nas imagens e sons de “Olhos Azuis”, Joffily percebeu que pretendia fazer um filme de contrastes. Na verdade, há duas histórias no filme, a primeira é o embate entre o brasileiro e o americano na imigração, e a outra mostra esse mesmo oficial no Brasil, em busca da filha do outro personagem. As duas narrativas são bem distintas visualmente e isso não foi por acaso. “Todas as cenas que se passam nos Estados Unidos são em espaços fechados, planos menos abertos, não há música, apenas ruídos. Já no Nordeste, temos imagens que aproveitam a beleza natural da região, muita música, além da iluminação natural bem forte”, explica. A fotografia assinada por Nonato Estrela (“Chico Xavier”) explora bem esses contrastes.

Joffily, que também tem experiência como documentarista, tendo assinado “Vocação do Poder” (2005, codirigido por Eduardo Escorel) e “O Chamado de Deus” (2001), acredita que a linha tênue entre o documentarista e o diretor de ficção não existe quando ele faz um filme. “Acho os dois processos de trabalho muito parecidos. A construção dramática é a mesma”, conta.

O diretor ressalta que quando faz um filme sempre descobre algo de novo sobre a vida e o ser humano – especialmente em seus documentários que abordam pessoas com vocação para a religião e para a política. Seguindo o tema, Joffily quer documentar agora as pessoas com o dom para as artes. Mas ele não quer trabalhar com artistas famosos. “Penso em fazer com músicos de alguma orquestra, ou algo assim”, adianta. “O tema da vocação é algo que me interessa. Nem parei para pensar porque, mas me atrai muito”.

Antes disso, porém, Joffily dirigirá outra ficção, junto com o ator Roberto Bomtempo, uma adaptação da peça “A Mão na luva”, de Oduvaldo Vianna Filho. Além de Bomtempo, o filme também trará Miriam Freeland, vista recentemente na novela “Poder Paralelo”..


Deu no Uol
ALYSSON OLIVEIRA

Hora do recreio

O procurado


O sujeito vai pedir aumento pro chefe:
- Eu acho melhor o senhor me promover! Tem muitas empresas me procurando...
- É mesmo? - pergunta o chefe, irônico - Quais são essas empresas?
- A empresa de eletricidade, a empresa de saneamento, a empresa de telefone e as maiores empresas de cobrança do país!

Fascinação - Elis Regina


Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz


Charles Chaplin

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ivete Sangalo e Renato Teixeira - Romaria

Entre Aspas

"A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia".


Michel Foucault

Frédéric François Chopin, por Valentina Igoshina - Prelude Op. 28, No. 15


Filho de imigrante francês (que trabalhava como professor na Polônia) e de uma polonesa culta, Chopin cresceu em Varsóvia, tendo aulas de música na infância (sobre Bach e os clássicos vienenses) com Wojciech Zywny e Josef Elsner, antes de entrar para o Conservatório (1826-9). Nessa época, já havia tocado nos salões locais e composto vários rondós, polonaises e mazurcas. O reconhecimento do público e da crítica cresceu durante os anos 1829-30, quando deu consertos em Viena e Varsóvia, mas seu desespero com a repressão política na Polônia, associado com as suas ambições musicais, levou-o a mudar-se para Paris em 1831. Lá, com a ajuda de Kalkbrenner e Pleyel nas questões práticas, com o elogio de Liszt, Fétis e Schumann, e sendo apresentado a mais alta sociedade, estabeleceu-se rapidamente como professor particular e intérprete de salão; sua legendária imagem de artista era acentuada pela sua saúde frágil (tinha tuberculose), aspecto atraente, interpretação sensível, maneiras corteses e pela aura de fascínio que cerca o auto-exílio.De seus vários casos românticos, o mais comentado foi com a romancista George Sand (Aurore Dudevant) - ainda que não seja possível dar como certa sua atração por mulheres. Entre 1838 e 1847 o relacionamento dos dois, com o forte elemento maternal pelo lado dela, coincidiu com um dos seus períodos criativos mais produtivos. Chopin dava poucos concertos públicos, apesar de sua execução ser sempre muito louvada, e publicou grande parte de sua melhor música simultaneamente em Paris, Londres e Leipzig. O rompimento com Sand foi seguido por uma rápida deterioração de sua saúde e uma longa visita a Inglaterra (1848). Seus funerais, na Madeleine, foram assistidos por quase 3.000 pessoas.

Nenhum outro grande compositor devotou-se tão exclusivamente ao piano quanto Chopin.

Versículos do Dia

Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra. (Salmos 24:8)

E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. (Mateus 21:8)

Amor de rico e amor de pobre

Um casal foi preso em flagrante no início da madrugada do último domingo (23) fazendo sexo dentro de um carro em plena via pública na cidade de Bayeux-PB. A cena aconteceu por volta das 00h15 na Rua Tenente Guilherme nas proximidades do Hospital São Domingos, no bairro Sesi.

Segundo informações da polícia, um motorista passava pelo local e ao ver a cena ficou indignado e ligou para a polícia. Uma viatura da 3ª Companhia foi acionada e os policiais flagraram o casal em um Celta em pleno ato sexual.

O casal, um segurança e uma garçonete, foram levados para a Delegacia e autuados em flagrante pela prática de atos obscenos. De acordo com a polícia, a mulher é casada e há cerca de um ano vem traindo o marido com o segurança.

Na delegacia a garçonete ainda quis enganar a polícia usando um nome falso, mas acabou sendo desmascarada por uma amiga que esteve no local e apresentou a identidade dela.

Curiosamente, um dia antes (22.05) outro fato chamou a atenção da comunidade pessoense. É que assim como o casal flagrado em Bayeux-PB, dois outros namorados também foram flagrado na mesma situação amorosa, porém em um banheiro feminino de uma requintada e fina boate de João Pessoa.

Diferentemente do segurança e da garçonete, estes últimos não foram presos, nem autuados e tampouco tiveram seus nomes divulgados pela imprensa. Aqueles, atentaram contra o pudor, estes, atentavam contra a solidão.

Inusitado mesmo foi a desculpa dos "pombinhos": o casal atribuiu o namoro mais caliente as emoções das canções melosas do cantor Fábio Júnior que se apresentava na boate.

domingo, 23 de maio de 2010

Comercial de cerveja para a Copa do Mundo mostra 'Deus' como argentino

Propaganda da Quilmes relaciona lances históricos à mão divina.

'Queremos dar uma mensagem de confiança', diz diretor da empresa de cerveja que patrocina a seleção argentina.

O tempo e as jabuticabas

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela
menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela
chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir
quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos
para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem
para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir
estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões
de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo
majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas
não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não
foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados,
e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse

amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.'

O essencial faz a vida valer a pena.


Rubem Alves
Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.

Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.


Fernando Pessoa

O outro lado: Legista de AL questiona perícia do caso Isabella com livro que aponta pedófilo como assassino

Desprezado pela defesa no julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o médico-legista George Sanguinetti promete relembrar a polêmica sobre o caso da morte da menina Isabella Nardoni nas próximas semanas. O perito vai publicar o livro "A Morte de Isabella Nardoni – Erros e Contradições Periciais", no qual faz questionamentos ao trabalho realizado pela Polícia de São Paulo durante as investigações do crime.

Contratado para realizar uma perícia paralela e questionar a tese oficial do crime, ele defende a versão de que a garota não foi esganada, mas que sofreu violência sexual antes de ser jogada do 6º andar do edifício London na noite do dia 29 de março de 2008. "Se querem saber quem é o assassino de Isabella, procurem o pedófilo", afirmou Sanguinetti ao ser entrevistado pela reportagem do UOL Notícias em sua casa, na capital alagoana.

Sanguinetti não sabe apontar quem seria o pedófilo assassino. Mas, ele tem uma explicação para o desprezo no julgamento do casal Nardoni, ocorrido em março deste ano, à tese levantada por ele: do ponto de vista criminal, ela seria uma "faca de dois gumes". "Tanto poderia ajudar, como complicar, pois se não houve uma terceira pessoa, quem seria então o pedófilo? O pai? A madastra?", questionou.

O Legista afirma que assassino poderia estar escondido por trás do vidro da varanda do apartamento, que tinha uma película.

No livro, o médico-legista George Sanguinetti afirma que o "pedófilo assassino" teria três pontos de fuga do prédio em um minuto.

Em mais de 80 páginas, o legista aponta uma suposta série de erros cometidos pela perícia, embora não garanta a inocência do casal condenado pela Justiça. "Em nenhum momento digo que o pai e a madrasta são inocentes, nem garanto que existiu uma terceira pessoa na cena do crime. O que asseguro é que faltou investigação e as provas são falhas e incapazes de condenar Anna e Alexandre", disse.

Segundo ele, o laudo feito pela polícia paulista aponta para quatro lesões na área genital de Isabella, que "provariam" o abuso sexual instantes antes da queda. "São sinais claros da síndrome da criança abusada sexualmente. Se as lesões descritas fossem consequência do impacto do corpo sobre galhos e folhagens da palmeira no momento da queda, haveria na calcinha e na calça perfurações, roturas indicativas. A calcinha e a calça estavam íntegras", alegou.

O médico-legista ainda aponta para o "erro crucial" das investigações. "O erro mais grave, entre tantos erros, foi não realizar de imediato o exame das unhas do casal. A existência ou não de material orgânico de Isabella definiria a culpa ou inocência deles", garantiu.

Para Sanguinetti, caso as unhas do casal tivessem sido analisadas, seria possível definir se o abuso sexual foi praticado pelo casal condenado. "Esta resposta do IML - que não realizou o exame das unhas porque fotografou e que as unhas estavam aparadas - é uma afronta à Criminalística e à Medicina Legal. Não se faz exame das unhas com observação de olho ou com fotografias. Como é que olhando as mãos de uma pessoa e fotografando, vou afirmar se antes a mesma teve oportunidade de arranhar alguém?", questiona no livro.

Esganadura é "equívoco"

Sobre a esganadura, supostamente praticada pela madrasta, Sanguinetti diz que ela é um "equívoco" e de "total impossibilidade". Para ele, a morte foi causada exclusivamente pelo politraumatismo da queda.

"Na região cervical (pescoço), quer na parte da frente, quer na parte de trás, não consta assinalada nenhuma lesão. Se tivesse ocorrido esganadura haveria escoriações e equimoses, ou seja, marcas de unhas, arranhões e mudanças na coloração. No laudo necroscópico, no exame externo do cadáver no IML também não foi descrita nenhuma lesão do pescoço", cita no livro.

Sanguinetti ainda critica os peritos paulistas que teriam tirado apenas a foto de Isabella com uma placa na frente do pescoço. "Se não estivesse com a placa, seria visível a integridade quanto ao aspecto externo do pescoço e afastaria a possibilidade de esganadura", afirmou, citando no livro um suposto trecho do depoimento dos peritos oficiais que constariam no processo. "Em nenhum momento fizemos tal afirmação [de que a esganadura foi feita pela madrasta] e não sabemos de qual fonte foi extraída", teriam dito à Justiça.

Ferimentos encontrados no corpo de Isabella Nardoni pelo IML após o crime não apontariam para esganadura, e trariam quatro lesões próximas à área genital

Embora não garanta a existência de uma terceira pessoa no cenário do crime, Sanguinetti afirma que era possível alguém ter entrado no apartamento sem ter sido percebido, e que o tempo de evacuação do apartamento seria de apenas um minuto.

"Havia um prédio em construção ao lado do edifício, e tinha por onde qualquer pessoa entrar sem ser percebida. O porteiro também alegou que na noite do crime chegaram carros que ele não conseguiu identificar, pois ainda não havia cadastro, e que a cerca elétrica e os sensores ainda não haviam sido ativados. Além disso, o tenente que comandou as investigações me disse que vistoriou apenas os apartamentos que conseguiu, ou seja, visitou aqueles que tinham pessoas e que abriram as portas. E se o pedófilo estivesse em um desses que não foi visitado?", argumentou.

Sanguinetti ainda assegura que não tem interesse em ganhar dinheiro com o livro, mas, sim, levantar a discussão sobre o assunto. "Esse livro vai custar entre R$ 8 e R$ 10, que é o preço mínimo. Tenho duas aposentadorias e sou consultor; tenho uma vida estável. Quero que as pessoas vejam que existem erros em um caso de tanta repercussão e principalmente que esse debate chegue às faculdades", disse.

Procurados pelo UOL Notícias, o advogado de defesa do casal Nardoni, Roberto Podval, e o promotor do caso, Francisco Cembranelli, informaram que não iriam comentar a tese levantada por Sanguinetti.

Legista já contestou morte de PC Farias.

Aos 65 anos, o pernambucano George Sanguinetti é professor de medicina legal aposentado pela Universidade Federal de Alagoas e coronel reformado da Polícia Militar do Estado.

O legista ficou conhecido nacionalmente ao contestar, em 1998, o laudo do legista paulista Badan Palhares sobre a morte de Paulo César Farias, que apontava para crime passional, seguido de suicídio.

"Ali foi um duplo homicídio, e conseguimos à época anular o laudo feito pelo legista Badan Palhares. Hoje, o laudo que vale é nosso", contou.

PC Farias e sua mulher, Suzana Marcolino, foram encontrados mortos com um tiro cada um na casa de praia dele em Maceió, em 23 de junho de 1996.




Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió
Leia mais sobre o caso
Acesse o UOL Notícias

A bela Kim Basinger

Entre Aspas

"Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa".


Platão




"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto..."


William Shakespeare

Restaurado o Teatro Municipal do Rio de Janeiro


A inglesa Katherine Jenkins

sábado, 22 de maio de 2010

Cadeirante revela aventuras sexuais e dificuldades em livro

"Na Minha Cadeira Ou Na Tua?" é um relato autobiográfico da gaúcha Juliana Carvalho, que se tornou paraplégica após uma inflamação da medula aos 19 anos.

O livro se divide em três partes. Na primeira, a autora conta em um formato de diário sua infância, a adolescência de festas antes do evento e a crise que a colocou até hoje em uma cadeira de rodas. Esses relatos intercalados são de surpreendente sinceridade, mostrando desde brincadeiras singelas na praia, como primeiros beijos, experiências sexuais e o terror da perda da mobilidade.

Além do tom sem rodeios, o relato de Juliana é muito bem-humorado para tratar de temas como perda do controle da bexiga, vexames em bebedeiras e até no nome dos capítulos -como "Pernas pra que te quero" ou "Uma cadeira em meu caminho"-- e no nome do seu blog Comédias da Vida Aleijada. Como o próprio título de "Na Minha Cadeira Ou Na Tua?" sugere, a obra reserva grande espaço para a sexualidade, tanto antes quanto depois da autora ter se tornado paraplégica.

"No imaginário coletivo os cadeirantes são assexuados ou impotentes, crença que não condiz com a realidade," diz Juliana. "Depois da lesão muda muita coisa, como relato no último trecho do livro, pode haver perda de sensibilidade, de mobilidade, mas o tesão segue o mesmo".

Uma adolescente particularmente apreciadora de baladas, experimentações sexuais, bebida e muita diversão, Juliana teve a sua vida paralisada com o evento, precisando da ajuda da família até mesmo para usar o banheiro. Como o apetite sexual não diminui só porque você não mais controla suas pernas, Juliana precisou redescobrir o seu corpo.

"E o orgasmo é uma função cerebral que independe de tato ou rebolation," brinca a autora. "O lance é redescobrir novas formas de sentir prazer, readequar-se a nova realidade e curtir tudo com espelho no teto!"

Na parte final, Juliana aborda diversas dificuldades práticas que encontrou e encontra, como o atraso de cinco anos para conseguir tirar carta, a falta de motéis adaptados e problemas de acessibilidade no transporte coletivo.



Fonte:
GUILHERME SOLARI
colaboração para a Livraria da Folha
Siga a Livraria da Folha no Twitter

Feirantes debulhando feijão verde. Coisas do sertão!


Londres ressuscita profissão de 'testador de cerveja'


A saborosa profissão ficou famosa na Inglaterra em 1683.

O melhor de tudo é que para o 'Melhor emprego do mundo' qualquer cidadão pode se inscrever pela internet.

Site aceita inscrições de voluntários até domingo , 23

Mais do que apreciar a bebida, o testador deve ter disposição para beber diversos tipos de cerveja e avaliar sua temperatura, qualidade e nível alcoólico.

A profissão, considerada pelos britânicos como a "melhor do mundo", foi criada em 1683 pelo histórico mercado de Spitalfields, na região central de Londres.

Malcolm Ball, chefe do mercado, explicou ao jornal "Telegraph" que o voluntário escolhido terá a missão de experimentar muita cerveja e indicar os melhores lugares para se beber. "O escolhido será um embaixador da comida e da bebida na região", brincou Ball.

Os interessados podem se inscrever pela internet até o domingo (23).

A minha inscrição acabei de fazer (
http://www.londonaletaster.co.uk/) e tenho uma fila de amigos concorrendo comigo.

Injeção feita de vírus pode ajudar no tratamento de câncer, diz estudo

Os 23 pacientes estudados tinham tumores de diferentes tipos.

Um vírus inofensivo encontrado nos sistemas respiratório e gástrico pode ser uma nova arma para auxiliar os tratamentos por radioterapia mesmo em cânceres em estágio avançado, segundo indica um estudo de pesquisadores britânicos.

Segundo a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Clinical Cancer Research, os tumores tratados com o reovírus em conjunção com radioterapia pararam de crescer ou diminuíram de tamanho em todos os casos analisados.

Os 23 pacientes estudados tinham tumores de diferentes tipos, incluindo cânceres de pulmão, intestino, ovário e pele.

Todos eles tinham parado de responder positivamente aos tratamentos tradicionais, mas ainda eram capazes de ter um alívio para a dor com o tratamento por radioterapia.

Durante o estudo, eles receberam entre duas e seis injeções com doses crescentes da droga Reolysin, produzida com partículas do reovírus, para acompanhar a radioterapia.

Segurança

O principal objetivo do estudo era testar a segurança do tratamento, mas os pesquisadores também mediram o comportamento dos tumores de 14 dos pacientes.

Segundo os pesquisadores, os tumores de todos eles pararam de crescer ou diminuíram com o tratamento.

Entre os pacientes que receberam doses baixas de radioterapia, dois tiveram os tumores reduzidos e cinco pararam de crescer. Entre os que receberam doses altas, cinco tiveram os tumores reduzidos e os demais viram a interrupção do avanço da doença.

Um paciente tinha um grande tumor na glândula salivar que diminuiu de tamanho o suficiente para ser retirado cirurgicamente.

Outro paciente com uma forma agressiva de câncer de pele que havia sido considerado próximo à morte permanecia vivo 17 meses após o início do tratamento alternativo.

Segundo os pesquisadores, os efeitos colaterais do tratamento foram leves e típicos de pacientes que recebem tratamento por radioterapia sozinho.

“A ausência de qualquer efeito colateral significativo neste estudo é extremamente tranquilizadora sobre testes futuros em pacientes que recebam tratamento por radioterapia com o objetivo de curar seu câncer”, afirma o coordenador do estudo, Kevin Harrington, do Instituto de Pesquisas sobre Câncer, de Londres.


BBC Brasil

Charge - Amarildo


sexta-feira, 21 de maio de 2010

O calvário de um prefeito em Brasília

Conheça as vantagens e os deveres do trabalho de mesário nas eleições

Tribunais eleitorais estão com inscrições abertas e buscam voluntários.

A estudante de arquitetura Bianca Coutinho Bribel Rosa, de 22 anos, escolheu trabalhar como mesária nas eleições de 3 de outubro. Ela está de olho na oferta da Justiça Eleitoral: o serviço vai virar crédito como atividade extra-curricular em sua universidade. Tanto os voluntários como aqueles que serão convocados contra vontade para atuar em 3 de outubro devem ficar atentos às compensações.

Bianca será uma das mais de 300 mil pessoas que ajudarão nas votações. "Tinha uma lista de opções para cumprir as atividades extra-curriculares e optei por ser mesário", disse, lembrando que vai ter direito a folgas, ter auxílio alimentação e ainda disse que vai ganhar fôlego extra para acompanhar a campanha. "Não acompanho muito a vida política, mas sempre acompanho os escândalos", disse.

O prazo para se inscrever para mesário voluntário termina em 18 de junho. Os aceitos e também os convocados para trabalhar serão avisados até 3 de agosto. As inscrições devem ser feitas nos tribunais eleitorais de cada estado e a parceria entre justiça e universidade depende de convênio. Em São Paulo, nove fecharam acordos.

Trabalhadores

Os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que forem trabalhar nas seções eleitorais têm direito a dois dias de descanso. O mesmo ocorre com quem irá ajudar na apuração dos votos. E, de acordo com advogados trabalhistas ouvidos pelo G1, mesmo que o empregado trabalhe nas eleições durante as suas férias, na volta ao trabalho ele terá direito aos dias de folga.

Atividade do Mesário

Vantagens

a) Direito a duas folgas por dia trabalhado. Isso vale também para eventuais treinamentos
b) Preferência no desempate em alguns concursos públicos (desde que previsto em edital)
c) Auxílio-alimentação
d) Utilização das horas trabalhadas nas eleições como atividade curricular complementar

Voluntários

a) Devem se cadastrar pela internet no site do TRE do seu estado
b) Convocação deve ser feita pelo juiz eleitoral em edital divulgado até 60 dias antes das eleições

Restrições

a) Não podem ser mesários os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau
b) Menores de 18 anos não podem ser mesários
c) Quem for convocado e não puder trabalhar pode apresentar pedido de dispensa ao juiz eleitoral, que vai avaliar cada caso


Do G1

Deu no Jornal Nacional da Rede Globo

Genoma sintético. Tecnologia, anunciada nesta quinta, abre caminho para 'vida artificial'. Presidente Obama quer identificar possíveis riscos e dilemas éticos.




Fonte: Rede Globo e www.g1.com.br

O clássico e o popular


O Clássico - Overture 1812, de Tchaikovsk, 2ª parte




O Popular - Caju e Castanha, o pobre e o rico

Melancia esta em livro de bumbuns mais belos

Curiosamente, no Brasil, algumas modelos vem adotando o nome de fruta. Nessa quitanda tupiniquim, recentemente a modelo e "cantora" Andressa Soares, dentre as frutas conhecida como Mulher Melancia, foi uma das escolhidas pela editora alemã Taschen para ilustrar um livro que reúne os mais belos bumbuns do mundo.

Além da Melancia, as modelos Bettie Page, Coco e Buffie the Body também estampam as páginas da mencionada publicação.

"The Big Butt Book" foi impresso em três idiomas: português, espanhol e italiano.


Fonte:
portal da BAND

Ficha limpa só para o futuro

Para presidente do TSE, lei aprovada no Congresso não atinge candidatos já condenados

Aprovado pelo Congresso como remédio contra a corrupção na política, o projeto Ficha Limpa não deve alterar o perfil das candidaturas este ano.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, jogou um balde de água fria na euforia dos que esperavam que a lei enquadrasse os candidatos já condenados.

Segundo o ministro, ela só poderá ser aplicada contra pessoas condenadas no intervalo de tempo entre a sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o registro das candidaturas.

Como Lula tem até 15 dias para confirmar ou não o texto do projeto — ou seja, 3 de junho —, dificilmente algum candidato será enquadrado nas novas regras para as eleições deste ano. O prazo para o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral vai de 10 de junho a 5 de julho.

Segundo Lewandowski, uma lei não pode retroagir para prejudicar alguém. Por outro lado, a Justiça Eleitoral costuma considerar, em seus julgamentos, a situação da pessoa apenas na data do registro para examinar a validade dele — ou seja, condenações posteriores não seriam levadas em consideração.

— A lei só pode retroagir para beneficiar alguém, nunca pode prejudicar — disse o ministro.

Lewandowski, entretanto, elogiou a aprovação do projeto. Para ele, a medida servirá para melhorar a qualidade da política brasileira. Como consequência, ele considera que "o povo brasileiro estará bem melhor representado" no próximo ano, se a lei for aplicada nas eleições de outubro.

— Foi um avanço importante, (a lei) prestigiou o princípio da moralidade. Essa lei foi aprovada em um momento extremamente oportuno, porque permite que se possa fazer a melhor escolha possível. Os partidos estão na obrigação moral de escolher os melhores candidatos em termos de antecedente, porque essa foi a manifestação praticamente unânime do Congresso, que representam a voz do povo.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também comemorou a nova regra e defendeu a aplicação nas eleições deste ano. Já há duas consultas no TSE questionando se a lei poderia ser aplicada este ano. Lewandowski disse que a dúvida será respondida em breve, antes do prazo para o registro das candidaturas.

— A posição do Ministério Público será no sentido de dar máxima efetividade, ou seja, exigir o cumprimento já a partir deste ano — disse Gurgel.

Para o procurador, a nova lei contribuirá para expulsar os corruptos da política brasileira:

— A partir do momento em que você afasta os chamados fichas-sujas, você melhora sim o nível da política brasileira.

Gurgel disse que não entrará com ação para questionar a validade da lei no Supremo Tribunal Federal (STF).

— O MP vai trabalhar pela aplicação da lei, acho que é um apelo da sociedade brasileira, e é preciso que ela (a lei) seja implementada.


Deu em O Globo
Carolina Brígido: