quarta-feira, 19 de maio de 2010

Recordo ainda


Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...


Mário Quintana

2 comentários:

clarissa gomes de sousa disse...

Lindo Poema,
Saudades de visitar seu blog
Abraços da amiga aqui
Clarissa

Unknown disse...

Eu quero os meus brinquedos de volta !!! Socorroooooooo... (mas como disse Guevara: Hay que endurecer, si perder la ternura !)