Indiscutivelmente que a Justiça brasileira padece gravemente do mal da morosidade processual que se abateu, ao longo dos anos, sobre a máquina estatal. A falta de estrutura e de gestão são apenas alguns aspectos que norteiam a lentidão no judiciário.
Entretanto, não podemos esconder que a cultura do conflito impregnada em nossa sociedade também corresponde a um dos determinantes para o acúmulo de ações tramitando na Justiça e entulhando os cartórios de ações que poderiam muito bem não ter chegado a judicialização. São conflitos que possivelmente poderiam ser resolvidos na esfera administrativa ou em núcleos de conciliação e mediação, mas estão compondo as estatisticas judiciárias.
No Brasil, qualquer inconformismo chega as vias judiciais. Em muitos casos, situações inusitadas batem a porta do Judiciário em forma de demanda. Mas isso não é um problema somente do Brasil. Apenas para se ter noção de como anda a cultura da formação do conflito, na Romênia, um homem processa Deus por falhar em salvá-lo do diabo.
Segundo a imprensa local, o romeno acusa Deus de traição, abuso e tráfico de influência.
Há, sem dúvida, um longo caminho a ser seguido pelo Judiciário e pela sociedade até chegarmos a um situação de prestação judicial mais rápida e a mediação de conflitos nos parece uma saída inteligente para isso.
Há, sem dúvida, um longo caminho a ser seguido pelo Judiciário e pela sociedade até chegarmos a um situação de prestação judicial mais rápida e a mediação de conflitos nos parece uma saída inteligente para isso.
Teófilo Júnior
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