Caros colegas do Tribunal de Justiça da Paraíba,
Venho, à distância, acompanhando essas novelescas e infindáveis reuniões travadas entre o TJ-PB e as entidades de classe e participando de nossa campanha midiática “não somos invisíveis”.
Daqui, a impressão que me salta aos olhos é que a estratégia do TJPB vem, paulatinamente, minando as forças de nossas reivindicações pelo cansaço e pela desesperança. Reuniões e mais reuniões são reiteradas sem que haja, concretamente, o estabelecimento do atendimento de algum ponto relevante reclamado pelo sindicato/associação.
A imagem que nos chega, após a sucessividade desses desencontros, é que estamos abaixados, de joelhos e com o pires nas mãos. Portanto, em posição de rendição!
Os pleitos não avançam, ao menos em direção dos servidores, o acordo não se estabelece e o tempo parece confabular contra nós servidores.
Como se sabe, a fase de negociação é o período em que o acordo vai se amoldando à vontade conjunta das partes, em razão da nova perspectiva que estas têm em relação ao conflito. O que, convenhamos, não está acontecendo nessa relação de mão única firmada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.
Do que se colhe até aqui é que o percentual de incentivo a qualificação será de 15%. A progressão inicial no enquadramento deve mesmo ser de 3 anos. O retroativo oriundo do erro do enquadramento atual do PCCR corre o sério risco de ser, na esfera administrativa, sufocado pela criação de um novo PCCR que não atende nem de longe aos reclames dos barnabés do Judiciário paraibano. Afinal, onde avançamos? A inclusão de mais um enquadramento para os servidores com mais de 30 anos de atividade é tímida e insustentável para não dizer perversa em seus percentuais!
Afinal, onde avançamos? Aonde estão as condições mais favoráveis de “negociação” ? Em que direção estamos caminhando? Para onde iremos? Enfim, o que queremos?
Indiscutível que enfrentamos não uma crise de diálogo, tendo em vista estarmos clamando no deserto, mas uma premente questão de postura funcional, de atitude e, sem sombra de dúvidas, estamos adotando uma posição de explicita invisibilidade. E nesse particular, a campanha publicitária está irremediavelmente certa!
Teófilo Júnior
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