São casas com telhados de mãos postas na
distância. Vibrantes pela cal e a memória vulcânica. Desconhecem a olaria,
as dedadas da tatuagem.
São refúgio de aves e mistérios. Coalho
fresco.
O gado dorme à beira da corda e as hortênsias
dividem-lhe o açougue. A inevitabilidade.
Emergiram da lava, sob o olhar das aves que
demandam a ilha, guiadas pelas constelações do instinto e a geometria da
sobrevivência.
O mar arrefeceu-lhes o ímpeto pelas ravinas,
onde traçaram caminhos futuros. Fossilizaram solidões.
Refém das armadilhas deste dialeto, esqueço os faróis e acendo palavras para me
esquecer do mar.
[Longe do mundo; frenesi
2004]
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