Causou perplexidade no meio jurídico a escolha
feita por Cecília de Moura Barbosa Lima. Ela ocupava o cargo de analista
judiciário no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e passou em
um concurso para juíza de direito no Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJ-MG).
Virar juíza lhe deu hierarquia e vencimentos
superiores a de uma analista, além de possibilidades de crescimento dentro das
instâncias jurídicas. Em 05 de abril deste ano Cecília tomou posse como juíza no
TJ-MG, em Belo Horizonte, junto com outros 95 novos juízes. Antes, no mesmo dia,
ela deixou o cargo de analista judiciário na cidade mineira de Carmo da
Mata.
No dia 08 de abril a juíza Cecília de Moura foi
designada para a Comarca de Turmalina, no norte de Minas Gerais.
Surpreendentemente, menos de 2 meses depois, no dia 20 de junho, ela desistiu da
magistratura, sonho de milhares de estudantes de direito em todo o país, e
solicitou sua recondução ao cargo de analista judiciário, abrindo mão da
concorrida vaga de juíza obtida em concurso.
Pode até ter pesado em sua decisão a distância,
já que Turmalina fica a mais de 7 horas de carro de Carmo da Mata. Mas, decisões
como esta mostram que o cargo de juiz já não atrai como antes. No custo e
benefício, computados salários, benefícios, carga e volume de trabalho,
responsabilidade e tempo dedicado, a magistratura muitas vezes vem perdendo para
várias carreiras jurídicas.
Fonte
Folha da manhã on line
Nenhum comentário:
Postar um comentário