quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pelo direito de ser cavalheiro

Cavalheiro ou Canalha? É o título de reportagem desta semana da revista “Carta Capital”. É que as novas feministas -ou os novos feminismos- acham que a gentileza masculina é apenas uma armadilha de dominação.
 
É, amigo, desejam praticamente criminalizar o código dos bons modos do homem, como puxar a cadeira do restaurante, abrir a porta do táxi (como o bom Don Draper aí na foto), proteger a formosa dama em uma travessia de rua, ser elegante com as moças etc.
 
Sobrou até para o Obama recentemente. Caiu na besteira de elogiar a beleza da nova procuradora-geral dos EUA, Kamala Harris. Levou cacete das minas mais radicais. Que mundo chato, meu Deus.

 
Todo canalha é um pouco cavalheiro, mas nem todo cavalheiro é canalha. O canalha é o cavalheiro de resultado, somente no momento da conquista barata.

 
O cavalheiro por vocação é gentil 24 horas, tenha interesse ou não na mulher. Se tiver interesse só reforça no seu código de gestos e delicadezas.
 
Entrevistado pela repórter Cynara Menezes dei lá os meus pitacos na matéria:

 
Ver como negativo os bons modos é pura paranoia delirante. Um cavalheiro convicto não abandona seus gestos, sob pena de sentir-se um tosco, grosseiro.
 
Óbvio que está meio fora de moda ser cavalheiro. Os mais jovens nem sabem mais o que seja isso. Sintoma dos novos tempos. Isso não significa, no entanto, que sejam menos ou mais machistas.

 
Tratar uma mulher como se fosse um “mano” qualquer não creio que seja também um avanço.

 
Perdão pelos bons modos, mas resisto. Primeiro as damas.

 
 
Xico Sá

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