Achava que era lenda, né? Mas não é: dá mesmo
para morrer de amor. Quem diz é o cardiologista inglês Alexander Lyon, do
Imperial College, em Londres.
A dor de amor tem até um nome, chama-se
Cardiomiopatia de Takotsubo. É uma espécie de infarto, só que sem nenhuma
artéria bloqueada. Pacientes com sinais de cardiomiopatia sentem dores no peito
e os exames de eletrocardiograma mostram as mesmas mudanças. “O angiograma
mostra que a principal câmara de bombeamento do coração tem uma anormalidade
peculiar e diferente: falha em contrair e aparece parcialmente ou completamente
paralisada”, explicou Lyon, no site The Conversation.
Suspeita-se que a síndrome do coração partido
tenha um culpado: a adrenalina, um hormônio de resposta ao estresse que prepara
o corpo para correr ou lutar. Em níveis médios, a adrenalina acelera o coração,
a fim de deixar o organismo preparado para um esforço físico extra. Só que
quando a dose de adrenalina está muito mais elevada do que deveria, o efeito é
contrário. Os batimentos cardíacos começam a diminuir e os músculos do coração
podem ficar temporariamente paralisados.
E esse mal acomete algumas das pobres pessoas que
tiveram o coração partido. Mas, fiquem tranquilos, é só um mecanismo do corpo
para lidar com o excesso de estresse – e, embora a fase inicial seja perigosa,
os riscos de morrer são baixos.
Fonte: Superinteressante
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