domingo, 12 de julho de 2015

"só aquele 
que permanece inteiramente ele próprio pode, 
com o tempo, permanecer objeto do amor,
porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida, 
ser sentido como tal. 
Assim, nada há de mais inepto em amor do que se adaptar um ao outro,
 de se polir um contra o outro,
 e todo esse sistema interminável de concessões mútuas... e,
 quanto mais os seres chegam ao extremo do refinamento, 
tanto mais é funesto de se enxertar um sobre o outro, 
em nome do amor, 
de se transformar um em parasita do outro,
 quando cada um deles deve se enraizar robustamente em um solo particular, 
a fim de se tornar todo um mundo para o outro."

Lou Andreas Salomé

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