No Brasil ela esta quase que definitivamente em desuso. Pouca gente sabe sua verdadeira origem. Uma das versões é de que surgiu na França do final do século XVII. Tradicionais lançadores de modas, os franceses adaptaram uma peça do vestuário de um regimento croata, de passagem por Paris em 1668, para o uso diário nas ruas. Os croatas usavam um cachecol de linho e musselina que mantinha o pescoço fresco no verão, e quente nos dias mais amenos de inverno (quando o frio se intensificava, era trocado por um modelo de lã). Na França, o adereço passou a ser fabricado em linha ou renda. Era usado com um nó no centro, como a gravata moderna, e tinha duas longas pontas soltas. A indumentária, usada tanto por homens quanto por mulheres, recebeu o nome de cravate, que significa "croata" em francês. Muito antes disso, porém, no século I a.C., os soldados romanos já usavam algo parecido: um cachecol úmido, amarrado no pescoço nos dias mais quentes. Mas, com o fim do Império Romano, esse hábito acabou caindo no esquecimento e só ressurgiu séculos mais tarde, para ganhar definitivamente as ruas. Mas há controvérsias e lendas sobre a origem da gravata. Uma delas é que foi na Croácia sim, mas não como adereço no princípio, mas como forma de protesto aos enforcamentos. Ela era uma corda de enforcado virada pra baixo, simbolizando o fim dos enforcamentos. E as especulações continuam, pois há quem diga que na era vitoriana ela tenha sido usada por Lordes, para mostrarem sua opção sexual, simbolizando um pênis no pescoço. De qualquer forma ela chegou até nossos dias e esta em franca decadência. Faz pouco sentido usa-la num país tropical. Gente humilde só usava gravata preta em sinal de luto, ou aquelas de nó feito, em fotógrafos para retrato de documentos. Nem isso é mais obrigatório. Estão fadadas aos porta gravatas, nas portas dos armários, e vitrines de museu.
Eduardo P Lunardelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário