domingo, 18 de agosto de 2013

Vivemos a era do "tô cafuso"

Protestos, escândalo do metrô de SP, fim-de-feira do Mensalão, Fora do Eixo, Mídia Ninja, Amarildo, a chacina da família de policiais, a união dos anarcopunks & Black Block…
 
O cardápio diário é sortido neste grande bufê a kilo das redes sociais.
 
E tome angústia da informação diante da fartura.
 
Só tocando Raul: você manda ver aquela velha opinião formada sobre tudo.
 
Ou, como preferia o próprio roqueiro baiano, você encarna a metamorfose ambulante.
 
O mais honesto, porém, seria adotar um velho mantra do líder de “Os Trapalhões”. Foi o que fez recentemente a jornalista e produtora cultural paraense Karina Jucá no Facebook:
 
“Como diria Didi Mocó sobre a sua ~confusão tropicalista ~: – tô cafuso.”
 
Estamos todos, de certa maneira, “cafusos”.
 
Seja um ninja, uma gueixa alternativa ou um velho gutenberguiano da imprensa.
 
Menos os paranoicos, seguros como nunca nas suas conspirações.
 
No mais, chacrinizou geral. Tudo veio para confundir, não para explicar.
 
Perdemos o eixo –sem nenhum trocadilho com a turma da horizontalidade.
 
Assumir estar “cafuso”é um belo recomeço.
 
É tempo de homens “cafusos”.
 
Sejam chiques ou cafuçus.

 
 
Xico Sá

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