O tato também pode ser útil a bichos que vivem em grupos, como os chimpanzés.
Eles vivem se abraçando, acariciando e cutucando, independente do motivo: pode
ser para se livrarem do estresse, para se cumprimentarem ou para aplacar a
agressividade de um deles. Além disso, animais aquáticos são capazes de se
comunicar através de pulsos elétricos. Várias espécies da família Mormyridae,
que vivem em rios e lagos da África, descarregam eletricidade na água para
tentar encontrar membros da mesma espécie.
Comunicação vegetal
Plantas também se comunicam, não só entre si, como também com animais. Elas
lançam mão de recursos como luzes e sombras, aromas químicos e toque físico para
atrair polinizadores, ajudar no processo de crescimento e até evitar
contaminações por fungos e outras doenças. Assim, plantas que ficam perto umas
das outras podem se ajudar a sobreviver.
Recentemente, um estudo publicado por uma universidade na Austrália indica
que pode existir um outro tipo de comunicação cooperativa entre vegetais que vai
além dos sensores químicos, luminosos e táteis.
Partindo do fato de que manjericão ajuda pés de pimenta a germinar com mais
rapidez, pesquisadores colocaram um vaso com uma semente de pimenta ao lado do
vaso de manjericão, mas separados para que não houvesse comunicação química, de
luzes e sombras ou contato físico entre elas.
A experiência comprovou que, mesmo isolado destes tipos de comunicação, o
manjericão conseguiu ajudar o pé de pimenta a germinar muito mais rápido do que
se estivesse sozinho. Isso significa que a vizinhança entre as plantas promoveu
a comunicação.
Ainda não há certeza sobre como os dois vegetais se comunicaram. O estudo
sugere que oscilações nanomecânicas de componentes dos troncos e galhos produzem
vibrações sonoras que as plantas vizinhas podem captar.
As plantas não falar, mas podem produzir sons para comunicarem entre si. Uma
certeza é de que as cores das flores comunicam-se com insetos polonizadores. As
pétalas da espécie Desmodium setigerum, por exemplo, podem mudar de cor após
receberem a visita de uma abelha.
Assim, se elas não forem polinizadas com eficiência pela primeira abelha,
elas ganham uma cor ainda mais forte e conquistam a segunda chance de chamar
atenção de outra abelha. Se a polinização da primeira abelha foi eficiente, elas
ficam menos chamativas, indicando que não sobrou nada para o próximo inseto.
Fonte: UOL
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