“Em terra de pouca sorte,
insípida p’las águas do pranto,
dizia o vento – que corria parado –
memórias cansadas,
ao entardecer da vida num banco
de praça, deserta e despida,
tricotando, incerta, a nudez
da memória de outrora, esquecida.
E à luz da janela improvável,
na cal já gasta esculpida,
vivia de língua amputada
o silêncio da despedida.”
Rita Nascimento
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