Acabo ver o Coringa na telona. Um filme intrigante, que mexe com a
platéia e expõe várias vertentes que circundam a saúde mental ainda
hoje. Seu processo de desencadeamento, a dificuldade social de
aceitação, a dualidade da construção de um perfil psicológico erguido
sob os aspectos traumáticos da alma e das "exigências" sociais norteiam o
enredo da película.
Joaquim Phoenix se supera na pele de Arthur Fleck (Coringa). O personagem é erguido sob a imensurável tristeza
da alma humana, vítima de abusos, violência, indiferença, alienação
parental, instrumentos muito presentes no meio social de hoje. Seu riso
representa a dor, a dele e a de quem cruza o seu caminho. O Estado o
abandona. A sua entrega a condição doentia o livra dos remédios fazendo
nascer o Coringa que ele se tornara.
Um filme de fôlego. Recomendo!
Teófilo Júnior
Teófilo Júnior
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