terça-feira, 22 de outubro de 2019

Acabo ver o Coringa na telona. Um filme intrigante, que mexe com a platéia e expõe várias vertentes que circundam a saúde mental ainda hoje. Seu processo de desencadeamento, a dificuldade social de aceitação, a dualidade da construção de um perfil psicológico erguido sob os aspectos traumáticos da alma e das "exigências" sociais norteiam o enredo da película.

Joaquim Phoenix se supera na pele de Arthur Fleck (Coringa). O personagem é erguido sob a imensurável tristeza da alma humana, vítima de abusos, violência, indiferença, alienação parental, instrumentos muito presentes no meio social de hoje. Seu riso representa a dor, a dele e a de quem cruza o seu caminho. O Estado o abandona. A sua entrega a condição doentia o livra dos remédios fazendo nascer o Coringa que ele se tornara.

Um filme de fôlego. Recomendo!

Teófilo Júnior

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