quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Marcelo Moutinho

[...] “Às vezes, o amor precisa mesmo morrer um pouco para germinar, como cantou o Gil. Ou, sem morrer, transformar-se em coisa distinta, e ainda assim amor. Sem o frisson acelerado do princípio, sem a miragem da perfeição. Com cicatrizes, juras, brigas, perdões, rusgas, acidentes, palavras mal ditas, dores nunca sanadas, mais quilometragem percorrida que a percorrer, ainda assim amor.”
(MOUTINHO, Marcelo. Para além do idílio. In: _____. Na dobra do dia: crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1. ed., 2015, p. 47.)
   [...] O QUE FICA DE UM AMOR não são os momentos de pompa e circunstância, aquelas ocasiões exaustivamente ensaiadas, como a viagem para não sei onde, o jantar no restaurante xis, o relógio bacana que virou presente na data especial. Esses recortes de memória estão, claro, colados no álbum de um relacionamento. Mas não são o que fica de um amor.
    “O que de um amor é a trivialidade.” [...]
(MOUTINHO, Marcelo. Cegos de tanto vê-la. In: _____. Na dobra do dia: crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1. ed., 2015, p. 49.)
Sugestão de postagem do amigo Adauto Neto

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