Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostra avanço nas séries iniciais, mas, nas últimas, nota foi de 3,6
Demétrio Weber
O ensino brasileiro deu sinal de melhora, mas o avanço perde força entre os estudantes mais velhos.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2009 (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação, mostrou que a maior elevação ocorreu nas séries iniciais do ensino fundamental (1 ao 5 ano), com aumento de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6, em 2009, antecipando inclusive a meta estabelecida para 2011.
Nas séries finais do ensino fundamental (6 ao 9 ano), o acréscimo foi de 3,8 para 4. O ensino médio teve o pior desempenho: a nota passou de 3,5 para 3,6, numa escala que vai de 0 a 10.
O Ideb é um indicador criado pelo MEC para medir a qualidade dos sistemas de ensino público e privado. Ele considera as notas dos alunos na Prova Brasil/Saeb e o índice de aprovação nas escolas. Para o MEC, o resultado foi positivo.
— O fantasma da queda de qualidade, que nos assombrou até o começo dos anos 2000, está ficando para trás — disse ontem o ministro Fernando Haddad, ao anunciar os resultados. — Estamos distantes da nossa meta final, mas estamos com uma trajetória consistente, já pelo quarto ano consecutivo. Não é hora de esmorecer. É tentar acelerar o ritmo das mudanças.
O avanço captado pelo Ideb não significa que o nível de aprendizagem nas escolas brasileiras seja bom. Longe disso. A Prova Brasil/Saeb, usada no cálculo do índice, avalia conhecimentos de português e matemática a cada dois anos. A nota média dos alunos do 5 ano do ensino fundamental em português foi de 184,3 pontos, numa escala de até 400.
A nota dos estudantes do 3 ano do ensino médio foi 268,8, na escala até 800. Em todos os níveis, no entanto, houve progresso. Em 2009, apenas 75,9% dos alunos de nível médio passaram de ano. Nas séries finais, 81,3%. Nas iniciais, 88,5%. Os indicadores de fluxo também melhoraram em relação a 2007.
Ao criar o Ideb, o ministério reconheceu que o Brasil estava mais de uma geração atrás dos países desenvolvidos na área do ensino. Por isso, traçou como meta chegar a 2021, véspera do bicentenário da Independência, com o mesmo nível de aprendizagem atingido pelo mundo desenvolvido em 2003.
No modelo matemático que está por trás do Ideb, isso equivale a obter nota 6 no Ideb de 2021. De 2005, quando o índice foi calculado pela primeira vez, até 2021, foram traçadas metas bienais. São essas metas que foram superadas em 2007 e 2009.
Deu em O GLOBO
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Demétrio Weber
O ensino brasileiro deu sinal de melhora, mas o avanço perde força entre os estudantes mais velhos.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2009 (Ideb), divulgado ontem pelo Ministério da Educação, mostrou que a maior elevação ocorreu nas séries iniciais do ensino fundamental (1 ao 5 ano), com aumento de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6, em 2009, antecipando inclusive a meta estabelecida para 2011.
Nas séries finais do ensino fundamental (6 ao 9 ano), o acréscimo foi de 3,8 para 4. O ensino médio teve o pior desempenho: a nota passou de 3,5 para 3,6, numa escala que vai de 0 a 10.
O Ideb é um indicador criado pelo MEC para medir a qualidade dos sistemas de ensino público e privado. Ele considera as notas dos alunos na Prova Brasil/Saeb e o índice de aprovação nas escolas. Para o MEC, o resultado foi positivo.
— O fantasma da queda de qualidade, que nos assombrou até o começo dos anos 2000, está ficando para trás — disse ontem o ministro Fernando Haddad, ao anunciar os resultados. — Estamos distantes da nossa meta final, mas estamos com uma trajetória consistente, já pelo quarto ano consecutivo. Não é hora de esmorecer. É tentar acelerar o ritmo das mudanças.
O avanço captado pelo Ideb não significa que o nível de aprendizagem nas escolas brasileiras seja bom. Longe disso. A Prova Brasil/Saeb, usada no cálculo do índice, avalia conhecimentos de português e matemática a cada dois anos. A nota média dos alunos do 5 ano do ensino fundamental em português foi de 184,3 pontos, numa escala de até 400.
A nota dos estudantes do 3 ano do ensino médio foi 268,8, na escala até 800. Em todos os níveis, no entanto, houve progresso. Em 2009, apenas 75,9% dos alunos de nível médio passaram de ano. Nas séries finais, 81,3%. Nas iniciais, 88,5%. Os indicadores de fluxo também melhoraram em relação a 2007.
Ao criar o Ideb, o ministério reconheceu que o Brasil estava mais de uma geração atrás dos países desenvolvidos na área do ensino. Por isso, traçou como meta chegar a 2021, véspera do bicentenário da Independência, com o mesmo nível de aprendizagem atingido pelo mundo desenvolvido em 2003.
No modelo matemático que está por trás do Ideb, isso equivale a obter nota 6 no Ideb de 2021. De 2005, quando o índice foi calculado pela primeira vez, até 2021, foram traçadas metas bienais. São essas metas que foram superadas em 2007 e 2009.
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