Atualmente, dos 50 estados americanos mais a capital Washington DC, 23 deles, além da própria capital, já permitem o consumo de maconha para tratamentos médicos
Uma pessoa vai ao médico e depois da consulta sai com a prescrição de um remédio. Uma situação bastante normal não? Não. Ela seria considerada normal se essa receita não fosse para o consumo de maconha. Que os Estados Unidos estão léguas na frente do Brasil no que diz respeito à legalização da maconha todos nós sabemos. Mas é no mínimo interessante saber como isso funciona numa relação tão tradicional entre médico e paciente.
Com dores no corpo, cansaço e percebendo que andava mais ansiosa do que o normal, uma amiga minha resolveu ir ao médico. Chegando lá, contou para ele o que estava sentindo e o médico foi taxativo: maconha para uso medicinal. Hein? Como assim?
Pois bem, na opinião do doutor essas dores musculares e a ansiedade em excesso poderiam ser combatidos com alguns cigarros de maconha, com o objetivo de trazer algum tipo de relaxamento tanto do corpo quanto da mente.
Desde 2010, a maconha passou a ser permitida nos Estados Unidos para uso medicinal. No começo, ela era prescrita apenas para doenças mais graves como aids, câncer, glaucoma, convulsões, esclerose múltipla ou para pacientes submetidos tanto à quimioterapia quanto à radioterapia. Mais recentemente, essa regra foi flexibilizada e os médicos passaram a poder prescrever a erva para pacientes com dores crônicas, por exemplo.
Atualmente, dos 50 estados americanos mais a capital Washington DC, 23 deles, além da própria capital, já permitem o consumo de maconha para tratamentos médicos.
E existe todo um protocolo a ser seguido nesse tipo de consumo com prescrição médica. Não é a Casa da Marijuana, ops, da Mãe Joana. Dentro de duas ou três semanas, a minha amiga receberá em casa, pelo correio, uma carteirinha dizendo que ela pode fumar maconha para uso medicinal. Munida de tal documento ela será uma “maconheira de carteirinha”, que foi uma forma bem humorada que os amigos encontraram para brincar com o acontecimento.
Com a carteirinha em mãos, ela poderá comprar numa farmácia específica, que ela deve escolher previamente, até duas onças de maconha por mês ou o equivalente a cerca de 60 gramas. Segundo o médico, a minha amiga também poderá escolher o tipo de erva que quer consumir. A que liga, a que relaxa ou até algum blend com um pouco de cada tipo. Tudo conforme o gosto do freguês.
Ah, a carteirinha de maconheira legalizada vale por um ano e a paciente precisa voltar ao médico a cada quatro meses para fazer reavaliações do seu quadro.
Você quer saber se a minha amiga gostou desse tratamento médico? Digamos que ela não achou nada mau.
Daniele Camba
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