domingo, 23 de junho de 2013

Pequenas coisas

Um jovem tinha acabado de se formar em direito e instalou seu escritório de advocacia, orgulhoso de poder exibir sua placa na frente. Em seu primeiro dia de trabalho, sentou-se à mesa e deixou a porta aberta, imaginando como conseguiria seu primeiro cliente. Ouviu, então, o ruído de passos no corredor em direção ao escritório.
 
Evitando que seu cliente potencial percebesse que era o primeiro, o jovem advogado pôs o fone no ouvido e falando em voz alta simulou uma conversa com se alguém estivesse telefonado. “Oh, sim senhor! Tenho muita experiência em direito comercial...experiência em tribunais? Sim, claro, tenho trabalhado em vários casos”.
 
O ruído dos passos se aproximou de sua porta. “Tenho ampla experiência em quase todas as categorias do direito trabalhista”, continuou, falando alto o bastante para seu iminente visitante ouvir.
 
Finalmente, com os passos já chegando à sua porta, respondeu à hipotética pergunta: “Caro? Oh, não senhor, sou muito razoável. Estou informado de que meus honorários são os mais baixos da cidade”.
 
O jovem advogado pediu desculpas por sua “conversação” e, tapando o fone para não ser ouvido pelo “cliente que estava no outro lado da linha”, atendeu o visitante que já estava diante da porta. Confiante e amável disse: “Sim, senhor, posso servi-lo?”
 
“Bem, o senhor pode”, disse o visitante com um sorriso maroto. “Sou da companhia telefônica e estou aqui para ligar o seu aparelho!”
 
Quantas vezes agimos assim em diversas áreas da nossa vida, demonstrando uma auto-suficiência que não existe.
 
Prof. Menegatti

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