Luz vermelha no studio da rádio Chabadabadá. “Play Misty for
Me”, pede a ouvinte obsessiva como no primeiro filme do velho Clint
Eastwood.
Toca, DJ. Momento trovadores do miocárdio no blog. Com vocês, uma lista do
cronista Marcelo Mendez, nosso dileto colaborador, para embalar amorzinho
gostoso ao cair da noite.
Barry White – Love Making Music – Aí é covardia! Barry
White e sua voz de trovão aveludado é infalível. O Homem é capaz de fazer
qualquer pacata senhoura tirar a roupa, apenas com um “Bom Dia”! Sente só o
clima ouvindo aqui.
Al Green – Love and Happiness – Do Green, escolher
uma musica para a hora santa é pouco. Daria pra sacar umas 150 pelo menos!
Elegemos esta por ser de um suingue, de um sacolejo malemolente, daqueles que
tornam o ensejo da coisa toda algo que deveria durar pelo menos uns dois
meses.
Serge Gainsbourg - Je T’aime Moi Non Plus – Se
tocar esta canção em um cabaré de Petrolina ou em uma tenda no meio da Jordânia…
os gemidinhos de Jane Birkin ao som do órgão meloso de Gainsbourg deixarão bem
claro a intenção da cousa toda.
Isaac Hayes - By The Time I Get To Phoenix – Essa é
do lendário HOT BUTTERED SOUL. A famosa faixa dos 19 minutos. Com 19 minutos,
uma boa dama e um pouco de imaginação faz-se a festa da vida eterna.
Duke & Trane – In a Sentimental Mood– Duke
Ellington e John Coltrane se juntaram para fazer um disco em 1963. Histórico. A
faixa marca um momento em que homem e mulher se encontram e o mundo pára! Só
isso.
Sade – Smooth Operator – Ao som da musa nigeriana o
caboclo já começa a pensar na dama dançando, tirando safadamente a alça da
blusinha, mexendo mirabolicamente a anca, num sacolejo de fazer Aiatolá Khomeine
corar a barba!
Aretha Franklin – Drinking Again – Chique! A Aretha
pedindo por mais um drink, para que anoite não acabe, para que o amor não
acabe…
Ibrahin Ferrer – Aquellos Ojos Verdes – E como a
gente vai falar de classe sem lembrar de Ibrahin Ferrer? A Voz de Cuba cantou
lindamente boleros lendários, com uma elegancia de fazer inveja a um Yves Saint
Laurent.
Tim Maia – Nobody Can Live
Forever – Big Boss! Aqui conosco ele não é “sindico”, só pode ser de
Presidente pra cima. Fica aí uma canção de um momento peculiar. Em 1976, depois
de tomar um cambau dos safados da seita Racional, Tim perdeu grana, trampo e a
mulher. E em uma tentativa de reconquistar a nega, grava uma balada
daquelas…
Willie Dixon - Back door man – Mestre. Agora ele chega com
este sussurro que diz tudo: “Mulher, se prepara que sou o homem atrás da sua
porta, vai ver estrelas!”
E você, pombinho(a) enamorado(a), qual a sua trilha predileta?
Xico Sá
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