sábado, 15 de junho de 2013

O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada. Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir. O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade.
 
 

Um comentário:

Jairo Alves disse...

"O tempo não é uma medida."
A medida é a que cabe em nossa existência, de forma tal que, o inconsciente, chega a ser parte viva do consciente e da ilusão premeditada no seio do homem e das coisas que lhe rodeia.
Como a célula é uma das realidades minúscula do nosso corpo e assim, tão vital quanto o nosso meio, o cotidiano, é a ela que nos dar a razão de existirmos, também de nos incorporar a outra mais seria ou duradoura: a de o espírito ser o lado abstrato da vida; ora sabido e mergulhado na memória.
Mas nunca visto conduzido pela passagem fisíca e real. A perspectiva do incognito, é na verdade, a ausencia superficial do ontem, de hoje e do dia seguinte. São os mesmos dias, as mesmas horas e os ditos segundos, que não somam a cronologia humana, nem tão pouco, a certeza de tal utopia nata, ou figurada, transcorra a maneira sutil da lembrança, da espera, e do presente, a eternidade.