O governo federal deverá pagar este ano cerca de R$ 210 milhões para parentes de presos contemplados com o auxílio-reclusão. O benefício é uma ajuda de custo a quase 30 mil dependentes de presos de baixa renda que contribuíam para a Previdência Social, antes de cometer o crime.
O valor médio é de R$ 594,28, acima do salário mínimo de R$ 545 aprovado esta semana pelo Congresso. A bolsa é paga há 50 anos pela Previdência Social, mas causa polêmica.
Nesta semana, o assunto começará a ser discutido na Câmara dos Deputados. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentará projeto que proíbe a concessão do benefício para presos condenados por crimes hediondos como estupro e homicídio.
Para Francischini, delegado licenciado da Polícia Federal, não faz sentido o governo premiar a família de um criminoso com uma ajuda financeira e deixar familiares da vítima sem qualquer proteção. O deputado entende que pessoas que cometeram crimes graves devem sustentar dependentes com trabalho em presídios.
"É um absurdo: a família da vítima não tem benefício, enquanto a família do cara que mata tem. Dar auxílio-reclusão para quem comete estupro é inaceitável", disse Francischini.
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2 comentários:
A PARTE FINAL DO TEXTO DIZ TUDO: E A FAMÍLIA DAS VÍTIMAS ??? ENQUANTO NÃO FOR TRATADO COM A DEVIDA SERIEDADE A QUESTÃO DA RESOCIALIZAÇÃO DOS DETENTOS, MILHÕES DE REAIS EM IMPOSTOS SERÃO JOGADOS NA LATA DO LIXO.
É uma vergonha,existem mães que por trabalharem em período noturno,correm o risco de terem seus filhos recolhidos pelo conselho tutelar,por ficarem sós a noite.Elas não conseguem um salário destes,do governo,pois ai poderiam por comida na mesa.
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