domingo, 6 de fevereiro de 2011

Desce e nubla a noite
Na alma escura e vazia
A sua porta de cadeados enfeitada.


Lá fora, indelente, é plagente o sussurro da Madrugada
Luz suave e crescente, depositando na alma
As primeiras sílabas de palavras ainda desordenadas e sem rima.
E de estrofe em estrofe, de verso em verso,
Se vai construindo o Poema de todos os poemas.


Os cadeados, esses,
Assim enferrujados pelo tempo
Vão quebrando lentamente
E da Alma, se abre a porta
Rendida aos brilhos do dia…


…dos nossos Olhares!

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