Uma cantoria entre Lourival Batista e Pinto do Monteiro, nos áureos
tempos da Cantoria de Viola, era como um confronto entre Barcelona x
Real Madrid no futebol.
Ou melhor,
talvez – como um confronto entre Roger Federer e Rafael Nadal, no
tênis, porque entre os dois velhos violeiros não existia inimizade
histórica. E sim uma amizade profunda, temperada de respeito, rivalidade
e senso de humor.
Certa vez, Lourival aludiu à própria data de nascimento, que por coincidência era o Dia de Reis:
Nasci no ano de quinze,
em janeiro, a 6 do mês:
no calendário romano
essa data é Dia de Reis;
daí, nasci para ser
o rei de todos vocês!
E o velho Pinto informou a sua própria data, nestes termos:
E eu, em noventa e seis,
nos climas quentes do Norte,
no dia dois de novembro,
aniversário da morte;
na data, fui caipora,
mas pra cantar tive sorte!
Agora me tragam, da poesia erudita, uma definição melhor do que esta de “aniversário da morte”.
Bráulio Tavares
Certa vez, Lourival aludiu à própria data de nascimento, que por coincidência era o Dia de Reis:
Nasci no ano de quinze,
em janeiro, a 6 do mês:
no calendário romano
essa data é Dia de Reis;
daí, nasci para ser
o rei de todos vocês!
E o velho Pinto informou a sua própria data, nestes termos:
E eu, em noventa e seis,
nos climas quentes do Norte,
no dia dois de novembro,
aniversário da morte;
na data, fui caipora,
mas pra cantar tive sorte!
Agora me tragam, da poesia erudita, uma definição melhor do que esta de “aniversário da morte”.
Bráulio Tavares
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