Benjamin Schreiber, de 66 anos, argumentou que concluiu tecnicamente sua
pena quando seu coração parou de bater quatro anos atrás, ainda que
tenha sido revivido pelos médicos
A Justiça dos Estados Unidos negou liberdade a um assassino condenado
à prisão perpétua que alegou ter concluído sua pena depois de "morrer"
temporariamente.
Benjamin Schreiber, de 66 anos, foi condenado a passar a vida atrás
das grades, sem possibilidade de liberdade condicional, no Estado
americano de Iowa por espancar um homem até a morte em 1996.
No pedido de soltura que fez à Justiça, ele alegou que sua pena terminou
quando seu coração parou de bater quatro anos atrás, ainda que ele
tenha sido ressuscitado.
Mas o tribunal entendeu que a argumentação de Schreiber não era "convincente".
Segundo a corte, era "improvável" que o homem estivesse morto, uma vez
que ele próprio assinou os documentos legais para dar entrada em sua
requisição de liberdade.
Em 2015, Schreiber desenvolveu bacteremia (presença de bactérias no
sangue) por causa de pedras nos rins. Ele sofreu uma parada cardíaca e
teve que ser ressuscitado por médicos no hospital, mas se recuperou
totalmente e voltou à prisão.
Ele deu entrada no pedido de liberdade no ano passado.
Nele, Schreiber disse que foi ressuscitado contra sua vontade e que
sua "morte" temporária significou que sua pena de prisão perpétua foi
tecnicamente completada.
A Justiça não deu ganho de causa a Schreiber. Seu advogado disse que iria recorrer.
Na quarta-feira, dia 6 de novembro, o tribunal de apelações confirmou
a decisão da instância inferior. A corte acrescentou que a pena não
terminaria até que um perito médico declarasse formalmente o óbito.
BBC
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