Quem conhece o curitibano
Guilherme Weber apenas das novelas da Globo não imagina quantas outras facetas
o ator guarda. No teatro, onde iniciou a carreira como ator e de onde jamais se
afastou, se firmou também como autor e diretor. Agora, Weber dá mais um passo
ambicioso, dessa vez no cinema. O Los Angeles Brazilian Film Festival, nos
Estados Unidos, sedia nesta terça-feira (20) a primeira exibição pública de
“Deserto” que teve como cenário a Vila de Picotes zona rural de São Mamede,
sertão Paraibano, sua estreia como diretor e roteirista.
Uma semana depois, no dia 26,
o longa será exibido na mostra competitiva do Festival de Brasília, um dos mais
importantes do cinema brasileiro. Para o público curitibano, a estreia também
já tem data marcada. No dia 22 de outubro, “Deserto” será exibido como parte da
programação da mostra de cinema da Bienal Internacional de Curitiba.

Na adaptação da história,
Weber (que escreveu o roteiro em parceria com a escritora Ana Paula Maia)
transferiu a ação do deserto mexicano para o sertão nordestino. O veterano Lima
Duarte lidera o elenco, que interpreta uma trupe de atores mambembes que
encontra um pequeno vilarejo abandonada e se instala por lá. “O sertão
brasileiro é simbólico na nossa cultura. Queria usá-lo como um lugar fabuloso,
quase uma parábola bíblica”, diz o agora cineasta.
Sotaques diferentes
Para compor o elenco, Weber
fez questão de selecionar atores de diferentes regiões do país, orientando-os a
manter os sotaques originais. “É a história da formação de uma nação, o início
de um país”, diz. Entre os demais nomes do elenco estão Cida Moreira, Everaldo
Pontes, Magali Biff e o curitibano Claudinho Castro. A trilha sonora também tem
sotaque paranaense e foi composta pela dupla Luiz Ferreira e Rodrigo Barros,
das bandas Beijo AA Força e Maxixe Machine.

Mostra
Em Brasília, “Deserto” vai
competir com outros sete filmes: “A Cidade Onde Envelheço”, de Marilia Rocha,
“Antes o Tempo Não Acabava”, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, “Elon Não
Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr., “Malícia”, de Jimi Figueiredo,
“Martírio”, de Vincent Carelli, “O Último Trago”, de Luiz Pretti, Pedro
Diogenes e Ricardo Pretti, “Rifle”, de Davi Pretto, e “Vinte Anos”, de Alice de
Andrade.
BlogSãoMamede1 com GazetaDoPovo
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