O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, disse [ontem] que militares do Egito reconheceram realizar os chamados "testes de virgindade" em manifestantes do sexo feminino. O Major General Abdel Fattah al-Sisi, membro do conselho militar que governa o Egito desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, justificou para a ONG que os testes eram uma maneira de proteger o Exército contra alegações de estupro.
Defensores dos direitos dizem que al-Sisi prometeu que os militares não devem realizar esses testes novamente.
Denúncias sobre os testes de virgindade começaram a aparecer após um grande confronto na Praça Tahrir, no Cairo, em 9 de março, quando homens à paisana atacaram manifestantes e o Exército teve que intervir para parar o conflito. A Anistia achou 18 mulheres que alegam terem sido forçadas a fazer o teste.
- Submeter as mulheres a esse procedimento tão humilhante esperando mostrar que elas não teriam sido estupradas na prisão não faz sentido, e não foi nada menos do que tortura. O governo deve dar uma indenização a essas vítimas, incluindo suporte psicológico e médico, e pedir desculpas pelo tratamento dado a elas - defende Shetty, que foi a um encontro com o grupo.
O Globo
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