Greves de operárias marcaram a data nos séculos 19 e 20
Há mais de uma versão para a origem do Dia Internacional da Mulher, mas todas remetem a greves de trabalhadoras de fábricas têxteis desde a Revolução Industrial, no século 19. Em 08 de março de 1857, tecelãs de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Na época, a jornada de trabalho feminino chegava a 16 horas diárias, com salários até 60% menores que os dos homens. Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais. Uma das versões do desfecho da marcha é a de que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. O fim mais aceito, porém, é o da interrupção da passeata pela polícia, que despersou a multidão com violência.
A versão do incêndio é, provavelmente, uma confusão com a tragédia da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911. O fogo matou mais de 150 mulheres, com idade entre 13 e 25 anos, na maioria imigrantes italianas e judias. A falta de medida de segurança do local – as portas teriam sido trancadas para evitar a saída das empregadas – foi apontada como o motivo do alto número de mortes. O episódio foi um marco na história do trabalho operário americano e está registrado no Fire Almanac (“Almanaque do Fogo”), publicado pela Agência Nacional de Proteção contra Incêndio dos Estados Unidos. No livro, não há qualquer referência ao tal incêndio de 1857.
Vários protestos se seguiram nos 8 de março seguintes. Um dos mais notáveis – também reprimido pela polícia – ocorreu em 1908, quando 15 mil operárias protestaram por seus direitos. Em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs que a data fosse usada para comemorar as greves americanas e homenagear as mulheres de todo o mundo. A greve das trabalhadoras de Pettrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário ocidental), também foi um marco da data. Hoje, ela é símbolo da luta pelos direitos da mulher, e foi oficializada pela Unesco em 1977.
Fonte:
Luciana Taddeo
Aventuras na História
Há mais de uma versão para a origem do Dia Internacional da Mulher, mas todas remetem a greves de trabalhadoras de fábricas têxteis desde a Revolução Industrial, no século 19. Em 08 de março de 1857, tecelãs de Nova York realizaram uma marcha por melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária e igualdade de direitos. Na época, a jornada de trabalho feminino chegava a 16 horas diárias, com salários até 60% menores que os dos homens. Além disso, muitas sofriam agressões físicas e sexuais. Uma das versões do desfecho da marcha é a de que as manifestantes teriam sido trancadas na fábrica pelos patrões, que atearam fogo no local, matando cerca de 130 mulheres. O fim mais aceito, porém, é o da interrupção da passeata pela polícia, que despersou a multidão com violência.
A versão do incêndio é, provavelmente, uma confusão com a tragédia da fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25 de março de 1911. O fogo matou mais de 150 mulheres, com idade entre 13 e 25 anos, na maioria imigrantes italianas e judias. A falta de medida de segurança do local – as portas teriam sido trancadas para evitar a saída das empregadas – foi apontada como o motivo do alto número de mortes. O episódio foi um marco na história do trabalho operário americano e está registrado no Fire Almanac (“Almanaque do Fogo”), publicado pela Agência Nacional de Proteção contra Incêndio dos Estados Unidos. No livro, não há qualquer referência ao tal incêndio de 1857.
Vários protestos se seguiram nos 8 de março seguintes. Um dos mais notáveis – também reprimido pela polícia – ocorreu em 1908, quando 15 mil operárias protestaram por seus direitos. Em 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, a alemã Clara Zetkin propôs que a data fosse usada para comemorar as greves americanas e homenagear as mulheres de todo o mundo. A greve das trabalhadoras de Pettrogrado (atual São Petersburgo), na Rússia, em 23 de fevereiro de 1917 (8 de março no calendário ocidental), também foi um marco da data. Hoje, ela é símbolo da luta pelos direitos da mulher, e foi oficializada pela Unesco em 1977.
Fonte:
Luciana Taddeo
Aventuras na História
Um comentário:
Fico pensando ,se hoje, em pleno século XXI, quando as mulheres já ocuparam todos as funções possíveis e inimagináveis, se ainda cabe comemorar o Dia Internacional da Mulher; Tenho a audácia de dizer isso porque TODOS OS DIAS ,para mim ,é o Dia Internacional da Mulher, porque nunca vi qualquer diferença existentes entre esses dois sexos,(a não ser aquelas diferenças biológicas que todo o mundo já conhece./GRAÇAS A DEUS). Tenho o privilégio de viver com uma mulher maravilhosa cujo nome é EDNA e que me faz sentir a pessoa mais realizada e feliz do mundo,sou governado no meu trabalho por três mulheres,todas Juízas de Direito e ainda na escola que leciono, sou tambem "chefiado" por uma Diretora,uma vice e uma supervisora e ao que tudo indica, com o andar da carruagem, nas próximas eleições na minha querida cidade de Pombal-Pb,teremos como candidatas à Prefeita...adivinhe...DUAS MULHERES. (Nunca Erasmo Carlos teve tanta razão quando disse: Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda...)Sou apaixonado por vocês mulheres, mas acho que daqui a alguns anos, vai ser necessário,(quem sabe) a criação do Dia Internacional do HOMEM. Que DEUS as abençoe, e que JUNTOS, abraçados a bandeira da PAZ e do AMOR, Possamos fazer deste planeta um mundo melhor.PARABÉNS.
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