domingo, 17 de março de 2019

Da brevidade da vida

Caros amigos, estou vendo a nossa geração começar a passar. Inevitáveis caprichos dos anos. Em nossos relógios nada é mais flagrante que a imprecisão dos dias sobre todos nós. 

O tempo devia ser mais condescendente conosco, nos permitindo viver nossos inconfessáveis silêncios mais intensamente, coisas que não realizadas levaremos para o túmulo antes do jogo acabar, antes do apito final. Não me parece justo não realizarmos nossos segredos.

A vida devia ter sempre uma prorrogação, um minuto a mais, mas perdemos tempo economizando sorrisos, palavras, abraços. Gestos que de tanto guardar acabam, inevitavelmente, desgastados, perdendo-se de si mesmos. 

Eu queria que a morte, ao menos, tivesse a nobreza e a missão de emendar os erros da vida! 

Teófilo Júnior

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