A morte escolhe com gentil cuidado
e não às cegas, no dizer das gentes.
Quantas já vi no seu caixão doirado
com seus lindos perfis adolescentes...
Pareciam voltar a um internato
depois de haverem terminado as férias...
Mas lá seguiam todas, muito sérias,
- as mais pequenas para um orfanato.
Hoje, porém, são tantos os cuidados
se custa a morrer na flor dos anos...
Mas que mundo, que sonhos, que esperanças
se houvesse apenas jovens e crianças,
e os Poetas... que não têm nenhuma idade
e inauguram o mundo a cada instante!
______________ Mário Quintana - Baú dos Espantos
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