terça-feira, 7 de junho de 2016

Os véus da percepção


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“Se nos conectarmos ao ambiente e aos outros, num estado de recepção, veneração e consciência desperta, somos capazes de perceber os reflexos de sua atuação no nosso íntimo e sua profunda relação com nosso caminho individual de autodesenvolvimento. É possível de acontecer uma sacramentação das relações com o mundo e o florescimento do amor pela Manifestação, a qual é reflexo de uma condução espiritual maior…”
 
Leonardo Maia
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O ser humano é como um átomo, onde o núcleo corresponderia ao corpo físico.

Mas nós não somos apenas o nosso núcleo, somos todo o campo de percepção. Toda a percepção que influencia nossa consciência.

E nossos sentidos são a ponte do núcleo com este campo. Através deles reconhecemos o Universo fora do núcleo. São a ponte entre o mundo interno e o mundo externo,uma janela para a alma…

Uma pessoa sensível pode perceber a essência divina nas coisas. É capaz de adquirir um sentido humanitário aflorado e uma compassividade verdadeira. Acredite, perceber o mundo à sua volta é perceber a si próprio.

Mas quem se reconhece apenas em si (no núcleo) torna-se egoísta e egocêntrico. Seu impulso em cima de interesses próprios se torna muito forte. Cresce a necessidade de satisfação de desejos e instintos básicos. Perde-se a empatia: a falta de percepção do outro que nos leva a indiferença. O outro torna-se apenas veículo de nossas próprias necessidades. Perde-se o sentido de humanidade…

Percebo a minha razão acima das dos outros.

Surge a capacidade de subjugar o próximo ou a natureza, direta ou indiretamente para fins egoístas.
Mas se nos conectarmos ao ambiente e aos outros, num estado de recepção, veneração e consciência desperta, somos capazes de perceber os reflexos de sua atuação no nosso íntimo e sua profunda relação com nosso caminho individual de autodesenvolvimento. É possível de acontecer uma sacramentação das relações com o mundo e o florescimento do amor pela Manifestação, a qual é reflexo de uma condução espiritual maior.

“Conhecimento verdadeiro de si próprio só é dado ao ser humano quando ele desenvolve interesse afetuoso para com os outros; conhecimento verdadeiro do mundo, o ser humano só alcança quando ele procura compreender seu próprio ser”. – Rudolf Steiner

Leonardo Maia

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