Nós vivemos num mundo que Marx não conheceu, vivemos num mundo vigiado, somos vigiados. Acabou-se a privacidade. Se a vida privada, de alguma forma, acabou, a consciência privada, para usar o mesmo termo, sofreu um atentado similar. A liberdade, e agora falo da liberdade de consciência, por vezes arrisca-se a converter-se em algo utópico, com muito pouco conteúdo.
José Saramago
Revista Número, Bogotá, nº 44, Março-Maio de 2005
In José Saramago nas Suas Palavras
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