sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A felicidade e as suas variantes

A Felididade e a ética.

"A felicidade é um conceito ético reduzido em nossos tempos a uma mercadoria publicitária. A desvalorização da felicidade no contexto capitalista relaciona-se ao mundo do espetáculo, a industrialização da cultura, do desejo e do afeto. Podemos devolver a felicidade à ética? A felicidade é uma grande saúde. Não é apenas um dever, mas um direito. Neste sentido, a felicidade é um bem social. Inserido na economia dos bons afetos e encontros criativos, a felicidade, como a arte, pode nos “salvar” dos cultuadores da infâmia e dos pregadores do tédio ou do ressentimento."


Daniel Soares Lins

Filósofo, sociólogo e psicanalista, possui graduação em Sociologia e Filosofia pela pela Université de Paris VII – Université Denis Diderot, mestrado e em Sociologia pela Université de Paris X – Nanterre, doutorado em Sociologia pela Université de Paris VII – Université Denis Diderot e pós-doutorado em filosofia pela Université de Paris VIII. Atualmente é professor na área de filosofia da educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. Atua nas áreas de Filosofia Contemporânea, Antropologia e Educação. Publicou cerca de dez livros e organizou cerca de quinze livros em português, francês e inglês.

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A Felicidade e a poesia

"O que é poesia? Há poesia em nossa vida? O que esperamos dela não é que seja uma promessa de felicidade? Ou nos contentamos que seja discurso e encontro? Não seria a felicidade uma questão poética, da invenção da vida por meio das palavras, do que de sua descoberta por meio de práticas científicas ou éticas?"

Fabrício Carpinejar

Poeta, cronista, jornalista e professor, autor de dezesseis livros, oito de poesia. Ao mesmo tempo em que seus poemas são recitados pela cantora Ana Carolina nas turnês “Dois Quartos” e “Nove”, aparecem como questão de grande parte dos vestibulares do Rio Grande do Sul, como a UFRGS, a Unisc e a UCS.

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A Felicidade e o ciúme

"Quando se trata da felicidade no contexto de “como viver junto”, o ciúme aparece como um afeto corrompido situado na posição do algoz da felicidade. Envolvido na economia antipolítica do desejo, o ciúme é a destruição do amor. Pode a felicidade conviver com o ciúme sem se deixar destruir?"

Francisco Bosco

Ensaísta, autor dos livros E livre seja este infortúnio (Ed. Azougue, no prelo), Banalogias (Ed. Objetiva, 2007), Dorival Caymmi (Ed. Publifolha, 2006) e Da amizade (Ed. 7letras, 2003). Mestre e doutor em teoria da literatura, pela UFRJ. É coordenador da rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles. Escreve semanalmente no Segundo Caderno do jornal O Globo.

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A Felicidade e a música

Se “a felicidade é como a gota de orvalho, uma pétala de flor… de leve oscila… e cai como uma lágrima de amor”, é porque foi, no contexto da canção, relacionada ao amor. A música sempre prometeu a felicidade, a canção prometeu a felicidade como amor. Podemos olhar para a canção e pensar na felicidade para além deste ideal específico?

Rodrigo Faour

Jornalista, crítico, pesquisador musical, também atua como escritor e produtor musical. Entre 1996 e 2000 trabalhou no jornal carioca Tribuna da Imprensa. Transferiu-se para o site CliqueMusic, onde permaneceu até 2001 – ano em que lançou seu primeiro livro, “Bastidores – Cauby Peixoto: 50 anos da voz e do mito”. No ano seguinte, viria “Revista do Rádio – Cultura, fuxicos e moral nos anos dourados”. Em 2006, “História Sexual da MPB”, um estudo pioneiro sobre a evolução de comportamento na canção brasileira, que originou o programa de TV homônimo no Canal Brasil, iniciado em 2010, e um de rádio, “Sexo MPB”, que produz e apresenta desde 2008 na MPB FM carioca.Atualmente, trabalha na produção de novos artistas, diversas reedições e pesquisas de repertório para cantores, além de ser um dos “Consultores Masters” do Novo Museu da Imagem e do Som (RJ).

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A Felicidade e o desejo

"Quando estamos vivendo algo realmente feliz, em geral não nos damos conta. Já quando a felicidade nos falta isso nunca fica sem registro, importante mesmo é ficar cobrando sua ausência. A infelicidade, em versão mais popular, a tristeza, essa sim é sempre considerada bem-vinda, como se a reconhecêssemos como própria. Pena, porque o que é bom é fugaz, mas existe. Afinal, a felicidade não se compra, se aluga. Quando a gente está bem instalado sempre nos tiram de lá."

Diana Corso

Nasceu em Montevidéu, em 1960, e atualmente vive em Porto Alegre. É psicanalista, membro da APPOA (Associação Psicanalítica de Porto Alegre). Formada em psicologia pela UFRGS, trabalhou com crianças e no campo dos problemas de desenvolvimento infantil.Atualmente atende jovens e adultos em seu consultório particular. É autora de Fadas no Divã: psicanálise nas histórias infantis (Ed. Artmed) , em parceria com seu marido Mário Corso. É colunista do Segundo Caderno do jornal Zero Hora de Porto Alegre.

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A Felicidade e Corpo

O corpo é um capital na sociedade brasileira. As diferenças culturais entre o corpo masculino e feminino definem o lugar do mercado sexual. Modelos de corpo e de beleza definem, neste sentido, o que podemos considerar como felicidade.

Mirian Goldenberg

Antropóloga e professora do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mirian Goldenberg tem orientado dezenas de pesquisas, e é autora de vários livros nas áreas de gênero, desvio, corpo, sexualidade e novas conjugalidades na cultura brasileira.



Fonte: Blog da Marcia Tiburi

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