Semana retrasada minha filha (que fará 14 anos em julho) pediu para sair para passear com seu primeiro namorado.
Eu disse a ela que autorizava, desde que ele viesse em casa buscá-la para que eu o conhecesse. Ela ficou com vergonha, ele também, mas era condição inegociável, portanto, assim foi feito.
No dia marcado, eis que surge o italianinho candidato a genro,
acompanhado de outro amigo, tocam a campainha e abro a porta para eles
entrarem. Ambos nervosos, com medo, quase sem conseguir me olhar nos
olhos. As novas gerações não estão acostumadas com esse tipo de "evento".
Rapidamente faço um "scan" de ambos e percebo que as probabilidades de serem maus elementos está praticamente eliminada. Então digo ao rapaz:
- Olha, Serena é o meu maior tesouro. E como tal, eu vivo minha
vida para protegê-la, para cuidar dela, para ter certeza de que nada de
ruim a atinja. E pra isso, se for preciso até mesmo eu dispor de minha
vida para salvar a dela, eu o farei. Antes de deixar vocês saírem
juntos, a única certeza que eu quero ter é que enquanto ela estiver com
você, você agirá em meu lugar, da mesma forma como eu agiria.
Sem deixar que se passassem dois segundos (o que contou pontos pra ele), o rapaz respondeu:
- Sim. Pode ter certeza de que eu cuidarei dela como se eu fosse o
senhor. Meu amigo está aqui para me ajudar, e qualquer coisa que
precisarmos nós telefonaremos.
- Ok, obrigado. Façam um bom passeio, e juízo.
Minha filha, claro, com aquela cara de "aimeudeusdocéuqueputavergonhadocaralho" o tempo todo.
Depois que ela chega em casa eu pergunto:
- E aí filha, foi tudo bem? Seus amigos me acharam muito esquisito por causa daquela conversa?
- Não, pai. Pelo contrário. Eles ficaram por quase uma hora depois
que saímos comentando sobre como você era legal, o quanto você me amava,
e chegaram a ficar com lágrimas nos olhos quando comentaram que
adorariam que seus pais fossem assim com eles também.
Primeira moral da história:
A juventude de hoje pode parecer "modernosa" porque quer ser aceita
pelos pares, mas os valores fundamentais de amor, carinho e cuidado
continuam fazendo parte de suas almas. Não deixemos isso morrer.
Segunda moral da história:
Foda-se a opinião do mundo.
QUEM AMA, CUIDA.
Jonas Faga Jr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário