A reconstrução de seu rosto, feita em cera, e o atual estado da múmia - Divulgação
Encontrada no pântano Bourtanger, na fronteira da Alemanha com a
Holanda, em 1900, a múmia foi intensamente estudada nos últimos 120 anos
Encontrada em 1900 no pântano de Bourtanger, localizado na fronteira
da Alemanha com a Holanda, a múmia de Roter Franz impressiona por suas
características acentuadas que permaneceram ao longo dos anos com sua
mumificação, porém, uma das múmias mais bonitas já vistas foi conservada
pelo acaso.
Com a análise feita na época que foi descoberta por
arqueólogos da Alemanha, Roter Franz é uma múmia de um homem jovem, que
foi popularmente apelidada de “Neu Versen Man”, devido a sua cor da
barba, cabelo e sobrancelhas que se mantiveram rígidos e com a cor
vermelha devido a reação dos ácidos presentes no local.
A equipe
que o analisou chegou a conclusão de que o homem viveu entre 220 e 430
d.C., quando teria aproximadamente 30 anos de idade. Além da datação,
foi possível chega a conclusão de que o cadáver, originalmente, possuía
cabelos loiros. Porém, as principais descobertas foram notadas no estudo
ao longo de seu corpo.
Sinais de cortes profundos na garganta permaneceram visíveis nos
tecidos moles mumificados, além de uma clavícula quebrada e um machucado
no braço, que acreditam ser de uma flechada ou golpe com lança. Pelo
local, uma das hipóteses passa seu assassinato seria um sacrifício
humano, porém, pouco provável pelo fato do corpo ter sido encontrado
deitado.
Pelo molde de deformação em suas coxas e virilha, a
equipe observou que a musculatura de suas pernas se assemelha a de
pessoas que passaram longos períodos montados em um cavalo, levando a
conclusão de que o homem era um experiente jóquei. Sua altura, de
aproximadamente 1,85m em vida, levanta a hipótese de que foi um membro
da cavalaria das Legiões Romanas.
A possibilidade mais plausível sobre a situação que o levou a morte
foi um ataque de latrocínio, um roubo seguido de morte, visto que, além
da violência, o corpo não continha bens materiais e nem vestia roupas
quando encontrada. O pântano, entretanto, foi o elemento-chave para
manter a memória viva.
Sua conservação aconteceu acidentalmente,
sendo enterrada pelos próprios movimentos pantanosos. Além disso, a
acidez do solo e a ausência de oxigênio presentes nos pântanos do norte
da Europa puderam retardar o processo de putrefação. Esta hipótese foi
concluída em 1957, após encontrar diferentes tipos de pólen nos tecidos
da múmia.
Wallacy Ferrari
Aventuras na História
Fonte aqui
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