Saber benzer uma pessoa, um animal e até um objeto é um ato sublime
de fé e de cura, para muitos é uma missão de vida. São pessoas que
costumam falar: “Eu que te benzo, Deus que te cura”, e elas fazem parte
de um patrimônio cultural imaterial vinculado ao divino, que corre o
risco de se perder.
A tradição de benzer começou aqui no Brasil na
época de seu descobrimento com a vinda dos jesuítas. Ao longo dos
séculos, as mulheres ganharam um papel primordial nesta prática ao
dominar o conhecimento sobre as rezas, os rituais e as ervas. Elas
sintetizavam os saberes das culturas africana, indígena e europeia. Eram
referência em suas comunidades, representavam o poder do feminino além
de serem importantes para a identidade cultural.
Em lugares distantes, sem médicos e sem farmácias, a população
recorria à estas profissionais, que cuidavam desde “ventre virado” a
partos.
Apesar de todo este saber, estas mulheres não tinham um
estudo formal, pouca escolaridade e por conta disso eram vistas como
charlatãs passando por um processo de deslegitimação. A academia
(escolas de medicina) tomou posse deste saber descartando os rituais e a
espiritualidade que permeiam esta prática. Com isso, elas se tornaram
vítimas do preconceito.
O resgate
A prática do benzimento não se restringe apenas às mulheres, muitos homens também ajudam na preservação deste patrimônio.
Em
2008 foi feito um mapeamento no estado do Paraná destas mulheres que
resultou no 1º Encontro de Rezadeiras, benzedeiras e parteiras na cidade
de Rebouças. E dois anos depois, a Câmara Municipal de Rebouças aprovou
a Lei 1.401, que reconhece os conhecimentos das benzedeiras como ofício
tradicional de saúde popular, reconhecendo a sua importância para a
saúde pública, garantindo-lhes o direito de exercerem os seus saberes e o
livre acesso a coleta de plantas medicinais nativas.
Ao longos
dos anos, a medicina tradicional tem se rendido à premissa de que somos
corpo, mente e espírito. Os exemplos que vemos são: postos de saúde com
hortas medicinais, benzedeiras como agentes de saúde, médicos que
incentivam o cultivo da fé e que também rezam antes de começar a
trabalhar.
Espalhados de norte a sul, estes homens e mulheres têm
como ponto de partida a espiritualidade, que segundo eles têm que ser
praticada com muita calma, fé e verdade, em especial por parte dos
pacientes, para que os objetivos sejam atingidos. Durante a prática é
comum as benzedeiras bocejarem, tremerem, sentirem dores no corpo por
causa da energia trazida pelo paciente.
Velas, copos com água e
ramos de ervas sempre são usados e para cada caso, um tipo de oração e
de erva correspondente. O benzimento pode ser feito até mesmo à
distância, há relatos de uma benzedura feita por videochamada de celular
numa situação de urgência.
Contudo, o grande temor destas profissionais de saúde é o desparecimento da prática da benzedura, pois as novas gerações não têm se interessado em aprender a rezar, nem em conhecer as ervas.
Despertando o poder mágico das plantas
Todo
mundo já deve ter ouvido falar em fitoterapia, em que plantas
medicinais são usadas para o tratamento de doenças, baseando-se no
princípio químico da planta.
Uma planta em sua formação consegue
absorver grande parte da energia vital presente na atmosfera, que por
sua vez fica retida na sua estrutura essencial. Sendo assim, qualquer
vegetal possui uma grande quantidade de energia vital acumulada, que
também podemos chamar de energia potencial. Obter os benefícios desta
energia potencial, desta energia sutil contida na sua estrutura é o que
se chama de fito-energética.
Quando a energia é despertada, ela
oferece ao seu manipulador a possibilidade de ser impregnada com a
intenção que se deseja, e por isso que a pessoa que manipula essas
energias precisa ter ótimo foco mental, intenções superiores e acima de
tudo, elevado padrão moral, já que qualquer planta poderá ser utilizada
como geradora de campo energético sutil. A força vital potencial é a
substância que dá forma e direção a magia com as plantas.
A
técnica mestre de ativação deste poder oculto é através do Reiki
impostando as mãos sobre as ervas e mentalizando um facho de luz prata,
que sai da sua cabeça e incide sobre as ervas e um facho de luz verde
que sai do seu coração também incidindo sobre as ervas. Imagine estes
fachos piscando alternadamente sobre a erva que será trabalhada.
Outras
dicas: tome um chá com intenção positiva e elevação mental. Faça desses
momentos uma meditação e um ritual de conexão espiritual.
Cuide do seu jardim ou de seus vasos com uma atitude positiva,
tornando-se sensível a essas vibrações que podem ser despertadas sobre
você.
Queime um incenso com alegria e paz no coração, consciente
que a força das plantas contidas ali envolverão o seu espírito. Sinta
essa energia com gratidão.
Olhe para o verde, honrando sua força e
suas virtudes. Sempre estabeleça uma conexão mental com as plantas ao
seu redor e acima de tudo, seja muito respeitoso.
Quando você
souber se relacionar com reino vegetal com gratidão e consciente de seus
potenciais, certamente você conseguirá receber seus melhores
benefícios, por consequência, você será uma pessoa mais feliz, saudável e
plena.
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