Com as novas delações realizadas no âmbito da Operação Calvário, as
estimativas da força tarefa indicam que o dinheiro público desviado para
pagamento de propinas teria ultrapassado a cifra dos R$ 300 milhões. Apenas
no capítulo da Cruz Vermelha gaúcha, o Gaeco já havia previsto desvio
de R$ 200 milhões em propinas para o bolso de empresários e agentes
públicos. Mas, vai ser preciso refazer as contas.
A mais recente delação, do ex-secretário Ivan Burity, trouxe inúmeros
novos elementos, de como a organização criminosa vinha operando há mais
de uma década. Pelo que circula nos bastidores, Ivan teria
entregue nomes de figurões que, ao longo desse período, se apropriaram
da propina para financiamento de campanha e, especialmente,
enriquecimento ilícito para si e familiares.
Há especulações de que, em uma única operação, parceiros da
organização criminosa teriam adquirido, em viagem aos Estados Unidos,
vários imóveis em Miami, num esquema milionário de lavagem de dinheiro. O
detalhe é que a delação de Ivan ainda passará pelo crivo dos
investigadores para apurar a veracidade e extensão dos dados e
documentos que apresentou ao Gaeco, numa colaboração de 18 horas.
Após delação, Ivan aguarda sua soltura, que deve ocorrer a qualquer momento.
Fonte
Helder Moura
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