As empresas campeãs de reclamação no SAC da Secretaria Municipal de
Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) no primeiro semestre de 2019
são as prestadoras de serviços para telefonia, luz, água e bancos. Juntas, as empresas somam mais de 39% do total das reclamações, que este ano já somam 6.573 queixas registradas.
A empresa de telefonia Oi lidera o ranking com 653 reclamações (9,93% do total) nos seis primeiros meses deste ano. Pela ordem decrescente, as empresas mais demandadas de janeiro a junho de 2019 após a Oi foram Energisa, Cagepa, Tim Nordeste, Claro S.A, Caixa Econômica Federal, Vivo, Bradesco Card, Banco do Brasil e Itaucard.
As 10 mais reclamadas
Oi – 653 (9,93%)
Energisa – 441 (6,71%)
Cagepa – 315 (4,79%)
Tim – 289 (4,4%)
Claro – 265 (4,03%)
Caixa Econômica Federal – 244 (3,71%)
Vivo – 173 (2,63%)
Bradesco Card – 123 (1,87%)
Banco do Brasil – 114 (1,73%)
Itaucard – 90 (1,37%)
O secretário do Procon-JP, Helton Renê, considera que os números do
SAC do Procon-JP este ano são altos e mostram que a relação de consumo
ainda é muito problemática. “Apesar da legislação que protege o
consumidor e das campanhas educativas que realizamos semanalmente, o
fornecedor ainda desrespeita muito os direitos do consumidor. O lado
positivo é que nossa divulgação das leis consumeristas junto ao cidadão
está surtindo efeito. Ele hoje está mais atento”.
Serviços essenciais – O titular do Procon-JP chama a atenção para os números das empresas fornecedoras de serviços essenciais como luz e água.
“Há 10 anos, não víamos esses setores no topo da lista das mais
reclamadas, como a Energisa, por exemplo. Isso é preocupante porque são
serviços essenciais e, via de regra, o consumidor reclama porque está
sendo prejudicado mesmo. Baseado nesses números vamos promover algumas
ações para alertar e tentar coibir as irregularidades que provocam
tantas reclamações. Os números são o diagnóstico dessa relação,
portanto, vamos tomar providências”.
Fala consumidor – O funcionário público Francisco de Assis da
Silva, 61, esteve no SAC do Procon-JP no último dia 12 de julho para
reclamar contra a operadora de telefonia Tim. O motivo foi a cobrança de
uma fatura após cancelamento de um plano. “Cancelei o plano no
início de maio e em junho veio uma conta para eu pagar. Como não paguei,
as ligações de cobrança chegam a toda hora”, explica Francisco.
Será resolvido – Antônio Coelho Neto, consultor jurídico do
Procon-JP que atendeu Francisco da Silva, informou que abriu processo
administrativo contra a operadora de telefonia porque não conseguiu
resolver a questão pelo telefone. “Como ele cancelou o plano e
pagou a fatura no início de maio e o vencimento seria no dia 15, então
entendemos que não existe saldo devedor. Acredito que na audiência de
conciliação tudo será resolvido”.
Telefonia soma mais – Má prestação do serviço, cobrança indevida
nas faturas, multas altas quando da desistência ou cancelamento do plano
ou da linha, são as principais reclamações contra as empresas de
telefonia. Helton Renê adianta que “em nossa lista das 10 empresas
mais reclamadas, temos as quatro de telefonia, com mais de 20% entre as
que constam na relação das 10 mais. As 10 juntas somam 2.707
reclamações nos seis primeiros meses deste ano”.
Água e luz – As reclamações quanto aos serviços de água e luz são basicamente os mesmos. “Muita
gente vem aqui reclamar de cobrança indevida devido a erros nas
leituras dos medidores e os clássicos pedidos de intermediação quanto a
parcelamentos de contas atrasadas porque, na maioria das vezes, o
parcelamento oferecido pelas empresas fica muito pesado para o
consumidor”, informou Helton Renê.
Velho problema – Os problemas mais relatados pelos consumidores
em relação aos bancos é quanto às cobranças abusivas de juros e multas
por serviços que não são requeridos pelos clientes, além da reclamação
contra o tempo gasto nas filas. “Os bancos continuam a descumprir a
legislação e as reclamações sobre tempo de espera ainda é bem presente.
É o velho problema do descumprimento da Lei das Filas”, explica o secretário.
Politicaetc
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