Não nasci na roça, o que lamento muito, mas posso dizer que tive uma infância predominantemente rural. Meu avô materno, Ariamiro, tinha um sitio pequeno e pertinho da cidade onde pude viver intensamente aquele mundo sem internet, televisão ou luz elétrica. O Vô Miro era um homem de poucas palavras. Uma das coisas que adorava fazer com ele era acompanhá-lo cedinho, do alto dos meus oito anos, até a roça colher e comer melancia tirada da rama, ali mesmo, no roçado, molhada pelo sereno da madrugada.
Hoje, 42 anos depois, senti essa inevitável saudade. Vontade de novamente sentir o cheiro da terra, de comer melancia no meio da roça... enfim, essas coisas simples que marcam para sempre a vida de qualquer criança.
Pois bem, resolvi que faria isso de novo. Como sempre, procurei o amigo Zé Preá (personagem do meu livro) e convidei o amigo Paulo para essa aventura de outrora. Foi uma delícia reviver tudo de novo e atestar, alegre e sobejamente, que a verdadeira felicidade está nas coisas mais simples da vida!
Zé Preá
Nenhum comentário:
Postar um comentário