Sei que é útil a morte alheia
para quem constrói seu fim.
Mas eles estão indo, apressados,
deixando filhos, obras, amores inacabados
e revoluções por terminar.
Não era isto o combinado.
Alguns se despedem heróicos,
outros serenos.Alguns se rebelam.
O bom seria partir pleno.
O que faço? Ainda agora
um apressou seu desenlaçe.
Sigo sem pressa. A morte
exige trabalho, trabalho lento
como quem nasce.
Afonso Romano de Sant'Anna
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