quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Em Alagoas professores fazem greve de fome pela escola

Cerca de 70 professores e pais de alunos da Escola Municipal Professor Paulo Bandeira, em Maceió, estão fazendo greve de fome desde às 7h da manhã desta quarta-feira. O grupo garante que não sai do prédio antigo da unidade de ensino até que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) vá até o local e se comprometa a fazer os reparos necessários no imóvel.

A direção alega que os trabalhos didáticos e as atividades fora da classe não podem ser feitas no espaço onde está funcionando provisoriamente o colégio porque o proprietário não permite. Os manifestantes querem retornar para o prédio antigo. A Secretaria Municipal de Educação diz que tem dinheiro para obras, que aguarda finalizar o processo licitatório, mas defende a dispensa de licitação.

- Nós só vamos sair daqui quando virmos a reforma sendo iniciada, nem que haja a necessidade de dormimos nesse galpão e passarmos mal pela falta de alimentação. O prédio antigo da escola está fechado há cinco anos e o Município prefere pagar um aluguel de mais de R$ 10 mil do que investir num imóvel próprio. Isso é uma absurdo - reclamou a auxiliar de sala Rejane Correia Davino.

Segundo ela, em 2005 a Secretaria Municipal de Educação comprovou que a estrutura física do espaço da Escola Municipal Professor Paulo Bandeira precisava de reformas urgentes e resolveu alugar um outro imóvel para acomodar os mais de 500 alunos da rede pública de ensino que lá estudavam.

Uma casa que fica a menos de 100 metros da sede da escola foi alugada e, desde então, pouco teria sido feito no prédio que foi condenado pela área de engenharia da Semed.

- Os engenheiros chegaram a vir à escola, começaram alguns reparos, mas depois, tudo ficou parado. Ano passado fizemos a primeira greve de fome, daí, a Prefeitura mandou uns técnicos para cá e eles subiram uma parede e só. Acho que fizeram aquilo apenas para acabar com o nosso movimento. Agora, diante do descaso do Município, resolvemos iniciar a segunda greve de fome e dessa vez só sairemos daqui quando comprovarmos que a reforma realmente está acontecendo - prometeu Rejane Correia, a servidora designada para ser a porta-voz do grupo.


O Globo

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