Está fazendo falta a reflexão bregosófica de um dos maiores ícones desse tipo artístico-literário no Brasil, o "cantor e compositor" cearense Falcão. O cara anda meio sumido da mídia e sua mistura de reflexão filosófica com a percepção brega da realidade brasileira em seus detalhes é sempre muito bem vinda.
Enquanto aguardo "a volta do que não foi", desse grande baluarte da bregosofia semi-inútil, relembro aqui algumas pérolas do pensamento falconiano para reflexão no final de semana:
"É melhor cair em contradição do que do oitavo andar".
"Quem dá aos pobres tem que pagar o motel".
"Eu sei que a burguesia fede, mas tem dinheiro pra comprar perfume. E além do mais o high society leva chifre e não tem ciúme".
"O Brasil está em nossas mãos e não adianta lavar".
"Não sei se foi Voltaire ou foi um bodegueiro que disse que o mundo não se acaba quando se ganha um par de chifre".
"Supunhetemos que, de repentelho, o mundo inteiro se descabaçasse. Ora, não se ria, minha senhora, pois sua filha pode estar aqui dentro".
"Há males que vêm para o mal".
"Onde houver fé, que eu leve a dúvida".
"O homem nasce sem maldade em parte nenhuma do corpo. O homem é lobo do homem. Isso explica a viadagem congênita e a baitolagem adquirida".
"As bonitas que me perdoem, mas a feiúra é de lascar".
"Se a sua mulher tem um milhão de amigos, parece ser castigo, mas fica um consolo: porque mulher feia e jumento perdido só quem procura é o dono".
É, Falcão, sua análise bregosófica da atual surrealidade brasileira está fazendo falta.
Bruno Galindo
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