segunda-feira, 4 de junho de 2018

Hora do lanche


Alfenins

A palavra Alfenim, vem do Árabe “al-fenid”, e significa aquilo que é branco – alvo. Segundo Cascudo (1983), o Alfenim era uma das gulodices orientais, muito popular em Portugal entre os séculos XV e XVI. O alfenim é um doce que chama atenção não só por seu sabor, como também de como ele é feitos em formas de esculturas. Eles são manipulados e transformados em animais, flores e objetos.

Encontrado antigamente em feiras livres, casas comerciais especializadas e durante celebrações religiosas e festas populares, hoje o Alfenim é um produto em risco de desaparecimento. Um dos principais motivos é a preparação trabalhosa do doce, que exige experiência para conhecer o ponto exato da calda, delicadeza e precisão para modelar com velocidade a massa quente que machuca as mãos. As poucas pessoas que ainda conservam esta tradição são predominantemente idosas e as novas gerações desconhecem completamente o produto ou possuem lembrança vaga. Todavia, o doce faz parte da cultura gastronômica do Nordeste e do Brasil e preservá-lo significa garantir a continuidade de um saber popular que liga diversos povos e tradições ao longo da história. Também significa restituir dignidade à produtos regionais artesanais ligados à memória de comunidades e territórios.


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