Alfenins
A palavra Alfenim, vem do Árabe “al-fenid”, e significa aquilo que é branco – alvo. Segundo Cascudo (1983), o Alfenim era uma das gulodices orientais, muito popular em Portugal entre os séculos XV e XVI. O alfenim é um doce
que chama atenção não só por seu sabor, como também de como ele é
feitos em formas de esculturas. Eles são manipulados e transformados em
animais, flores e objetos.
Encontrado antigamente em
feiras livres, casas comerciais especializadas e durante celebrações
religiosas e festas populares, hoje o Alfenim é um produto em risco de
desaparecimento. Um dos principais motivos é a preparação trabalhosa do
doce, que exige experiência para conhecer o ponto exato da calda,
delicadeza e precisão para modelar com velocidade a massa quente que
machuca as mãos. As poucas pessoas que ainda conservam esta tradição são
predominantemente idosas e as novas gerações desconhecem completamente o
produto ou possuem lembrança vaga. Todavia, o doce faz parte da cultura
gastronômica do Nordeste e do Brasil e preservá-lo significa garantir a
continuidade de um saber popular que liga diversos povos e tradições ao
longo da história. Também significa restituir dignidade à produtos
regionais artesanais ligados à memória de comunidades e territórios.
Fonte aqui
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