Os cristãos de hoje estão deixando muitos valores morais, sociais e espirituais esquecidos e empoeirados. A igreja é tentada a ceder para uma secularização onde os costumes e práticas anti-bíblicas da sociedade entram templo adentro sem pedir licença.
Algo muito visível sobre isso é a descontinuidade das festas bíblicas ou a deturpação delas a ponto de descaracterizá-las como instrumentos para uma aproximação maior de Deus, trocando esses tempos oportunos para a espiritualidade por viagens,festas mundanas , exposições rurais ou simplesmente um tempo de preguiça na frente da TV.
Algumas denominações até fazem pouca alusão às festas bíblicas com receio de serem consideradas judaizantes, como se essas festas não apontassem para Jesus desde o V.T. e não pudessem ser celebradas à luz da revelação maior do cristianismo.
A Páscoa é uma dessas festas! Ela proporciona ao cristão a oportunidade de conhecer a história da libertação do povo judeu do cativeiro egípcio,mas também de meditar sobre a sua própria libertação da escravidão do mundo e do pecado, como afirma o Apóstolo Pedro :
“Não foi com ouro nem com prata que fomos libertados desse mundo vil, mas com o precioso sangue de Jesus, o cordeiro de Deus, sacrificado na cruz para remir dos nossos pecados.“ ( 1 Pd 1.8)
Tanto para judeus como para cristãos Páscoa significa libertação! Através do sangue do cordeiro aspergido nos umbrais das casas dos israelitas, o anjo da morte física, vendo que as casas tinham a marca do cordeiro de Deus seguiam para as casas dos egípcios. Nós também temos a marca do sangue do cordeiro e, entendendo o significado espiritual da primeira Páscoa, estamos protegidos, agora da morte espiritual e eterna por Jesus.
A verdadeira Páscoa é espiritual! Deve alimentar nosso espírito de gratidão, fé e esperança nas promessas de Jesus. Não foi projetada para alimentar nossa gula com chocolates.
A anomalia veio com o inimigo deturpando na idade média essa celebração introduzindo o coelhinho e o ovo de páscoa. É digno de nota que coelho, no V.T. é animal ritualmente imundo e foi justamente um animal assim, inofensivo na aparência, mas não na intenção de desvirtuamento, que substituiu o cordeiro que representa Jesus !
Não cremos que ter a posição extremista e farisaica de não comer “ovos de páscoa” seja bíblico.(Rm 14.1ª3/1Co 10.23 a 31) Além disso, pode ser traumatizante para as crianças. Contudo, não celebrar a páscoa com entendimento e não passar isso para seus filhos é menos bíblico ainda. Páscoa é tempo de meditar sobre a morte espiritual que nos rodeia e sobre a certeza de nossa salvação através do cordeiro de Deus, Jesus!
É ultrapassar a hipnose do comercial coelhinho para chegar à dor de reconhecer que fomos nós que matamos o cordeiro de Deus com os nossos pecados !
Viva a páscoa ! Viva o cordeiro pascal !
Pr. Alcides de Lábio
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