sábado, 21 de abril de 2012

Coisas lindas de nossa gente sertaneja


"O que diferencia Maciel Melo de forrozeiros que se jactam de fazer o "autêntico" forró pé-de-serra, é, primeiro: ele não alarda que faz forró pé-de-serra, porque o faz tão naturalmente que não carece justificar isso. Segundo: porque, sertanejo, aprendeu com o pai, Heleno Louro, ou Mestre Louro, tocador de sanfona de 120 baixos, que o autêntico forró pé-de-serra não se limita à sanfona, zabumba e triângulo (um formato somente definido nos anos 40 por Luiz Gonzaga). Vale-se também violão com baixaria, sopros, cavaquinho e até banjo. Jackson do Pandeiro também sabia disso, na dúvida, ouçam seus discos dos anos 60. E por ser tão autenticamente sertanejo Maciel Melo não dispensa a guitarra elétrica, nem de reverenciar a nova música urbana do litoral, em o Coco da Parafuseta, no qual, entre citações a Naná Vasconcelos, Rogê, Lula Queiroga, o Véio Mangaba, lembra Jacinto Silva (Coco em M), e Zé do Norte (Meu Pião)".

Paulo Vanderley

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