Narcisa Amélia de Campos (poeta, professora e jornalista), nasceu em 3 de abril de 1852, em São João da Barra, norte do Rio de Janeiro, filha do poeta Jácome de Campos e da professora primária Narcisa Inácia de Campos. Aos 11 anos muda-se com a família para Resende e aos 14 anos casa-se com João Batista da Silveira, artista ambulante de vida irregular, de quem se separa alguns anos mais tarde. Aos 20 anos, escreve “Nebulosas”, poemas de exaltação à natureza, à pátria e de lembranças da infância da “jovem e bela poetisa”, como definiu Machado de Assis.
Em 1880, aos 28 anos,
casa-se pela segunda vez com Francisco Cleto da Rocha, também chamado
de Rocha Padeiro, dona da “Padaria das Famílias”, em Resende. Nos
primeiros anos ajuda o marido, mas continua a receber em seus saraus os
amigos literatos em sua casa como Raimundo Correia, Luís Murat, Alfredo
Sodré e inclusive o Imperador Dom Pedro II que em sua passagem à
Resende, vai visitar “a sublime padeira” , por estar ansioso “por lhe
provar...do pão espiritual” embora seja ela a poeta fervorosa
republicana e abolicionista.
Seu casamento com Rocha Padeiro também não dura muito e com sua separação é obrigada a deixar Resende, cidade que considerava sua terra, pressionada por campanha maledicente promovida pelo ex-marido enciumado.
Muda-se para a Capital e dedica-se ao magistério, e em 13 de outubro de 1884, funda um pequeno Jornal Quinzenal, “o Gazetinha”, suplemento do TV mburitá que tinha como subtítulo, “folha dedicada ao belo sexo”.
Narcisa Amália foi à primeira mulher no Brasil a se profissionalizar como jornalista, alcançando projeção em todo o país com artigos em favor da Abolição da Escravatura, defensora da mulher e dos oprimidos em geral.
Narcisa faleceu no dia 24 de junho de 1924 aos 72 anos, pobre, cega e paralítica, sendo seu corpo sepultado no cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro. Antes de sua morte, deixou um apelo:“Eu diria à mulher inteligente [...] molha a pena no sangue do teu coração e insufla nas tuas criações a alma enamorada que te anima. Assim deixarás como vestígio ressonância em todos os sentidos.”
Seu casamento com Rocha Padeiro também não dura muito e com sua separação é obrigada a deixar Resende, cidade que considerava sua terra, pressionada por campanha maledicente promovida pelo ex-marido enciumado.
Muda-se para a Capital e dedica-se ao magistério, e em 13 de outubro de 1884, funda um pequeno Jornal Quinzenal, “o Gazetinha”, suplemento do TV mburitá que tinha como subtítulo, “folha dedicada ao belo sexo”.
Narcisa Amália foi à primeira mulher no Brasil a se profissionalizar como jornalista, alcançando projeção em todo o país com artigos em favor da Abolição da Escravatura, defensora da mulher e dos oprimidos em geral.
Narcisa faleceu no dia 24 de junho de 1924 aos 72 anos, pobre, cega e paralítica, sendo seu corpo sepultado no cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro. Antes de sua morte, deixou um apelo:“Eu diria à mulher inteligente [...] molha a pena no sangue do teu coração e insufla nas tuas criações a alma enamorada que te anima. Assim deixarás como vestígio ressonância em todos os sentidos.”
Fonte: Fio Cruz
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