Imagem referencial. Crédito: Picsea on Unsplash.
Buenos Aires, 09 jun. 21 / 10:41 am (ACI).- O
juiz federal de Mar del Plata, na Argentina, Alfredo López, ordenou a
suspensão em todo o país da aplicação da lei que liberou o aborto. Segundo o juiz, a lei viola os tratados internacionais aos quais o Estado aderiu em defesa da vida desde a concepção.
O
cidadão Héctor Adolfo Seri, apoiado pelo advogado Mauro D'ipolito
Blancat, interpôs recurso de amparo para declarar a
inconstitucionalidade da lei do aborto, aprovada em 30 de dezembro de 2020 pelo Congresso Nacional.
A lei do aborto
“iria na direção oposta às obrigações internacionais assumidas pelo
Estado argentino em virtude da proteção integral do direito à vida desde
a concepção”, descreve o texto, que também pede que “seja expedida medida cautelar para ordenar a suspensão da resolução 1/2019”, protocolo do aborto terapêutico, por “estar em jogo o direito à vida do nascituro”.
O
juiz Alfredo López, do Juizado Federal nº 4 de Mar del Plata, acatou o
pedido e suspendeu a aplicação da lei no país e afirmou sua “condição de católico e respeitador da vida humana não consiste em óbice para a intervenção”. López disse que a Corte Suprema “reafirmou,
em pronunciamentos posteriores, o direito à preservação da saúde,
incluída no direito à vida, e destacou a obrigação urgente do poder
público de garantir esse direito com ações positivas”.
Nesse sentido, o juiz ordenou que o Estado, por meio do poder executivo, suspenda a aplicação da lei até que “o problema de fundo seja resolvido para que seja dada a sentença definitiva”.
Na
Argentina, outras ações vêm sendo realizadas para tentar impedir a lei
do aborto por parte de juízes com atuações em instâncias menores. Neste caso, o juiz federal que pode determinar uma ação de âmbito nacional.
A ação do juiz recebeu apoio no Twitter, através dos comentários dos usuários da rede social.
Facundo Gauto disse que “a
revogação do aborto na Argentina começa hoje, 7 de junho, Dia Mundial
do Direito ao Nascimento. Isso se chama justiça divina!!!”.
Carolica Castiglioni Cotter também expressou: “Hoje
a Argentina é mais justa. Hoje o direito à vida de cada pessoa humana é
reconhecido acima de qualquer outro direito. Hoje a CN (Constituição
Nacional) é respeitada. Obrigado @JuezLopezMDP por deixar isso claro”.
Outro usuário, Alejandro Biondini, disse que a ação do juiz “é um grande triunfo em favor das nossas crianças não nascidas” e lembrou que “devemos trabalhar e votar bem nas eleições parlamentares para revogar definitivamente essa lei genocida no Congresso”.
Por Giselle Vargas | ACI Prensa
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