Parece assustador mas pela primeira vez na história as crianças estão apresentando um QI inferior ao de seus pais. Mesmo com todo o acesso às informações os jovens estão tendo cada vez mais dificuldade em assimilar o conhecimento. A simples interpretação de um texto se mostra uma barreira intransponível.
Segundo o índice brasileiro de analfabetismo funcional, 78% dos nossos estudantes terminam o ensino médio sem estarem alfabetizados. Incapazes de abstrair a ideia central de um discurso.
Nas frentes das TVs, celulares e videogames podemos enxergar ao nosso redor o que Aldous Huxley dizia em sua obra "Admirável Mundo Novo", pessoas atordoadas por um entretenimento bobo. Privadas de linguagem, incapazes de refletir sobre a própria existência, sobre o mundo, mas, curiosamente, felizes com a sua sina.
Essa geração vem continuamente rompendo com a sabedoria que o homem conquistou até aqui. Uma época em que o entretenimento é mais relevante que o conhecimento.
Ainda há tempo. Precisamos reagir rápido ou será tarde demais.
A aproximação com os livros e a leitura me parece um bom caminho. Mas compreendo que o dever de perseguir essa mudança de rumo é responsabilidade de todos, dos pais, dos filhos, dos professores e da sociedade. Não podemos aproximar o outro de um caminho que nós mesmos não percorremos. É importante instigar o jovem sobre o que os grandes nomes da literatura pensavam sobre a vida, sobre a morte, a poesia, a política, a vocação e a religião. Ou tomamos a responsabilidade da mudança de rumo dessa geração do entretenimento ou estamos fadados, pela omissão, de sermos engolidos e responsabilizados por ela!
Teófilo Júnior
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