Tudo é muito relativo
"Ex-analista da CIA Edward Snowden é indicado
ao Prêmio Nobel da Paz". Essa é a manchete e notícia. Por trás dessa informação
há duas leituras: uma dos que o endeusam e querem premia-lo, até para poder, de
certa forma, garantir sua vida e preservar sua memória, e outros que o odeiam, e
gostariam de mete-lo na cadeia, ou até condena-lo a pena capital por traição.
Sempre há duas faces de uma mesma moeda. As razões que levaram o ex-analista da
CIA a tal atitude são até hoje polêmicas. Passou de um simples analista a uma
persona "non grata" da maior potencia do mundo. Não é pouco. Mas o que desejava
de fato? Acabar com as espionagens? Fragilizar o sistema? Se vingar por razões
pessoais? Ou é um libertário convicto, e fez tudo por um ideal utópico. Um dia
saberemos. Por outro lado, sejam quais forem as razões do ex-analista, prestou
um inestimável serviço ao mundo. Espionagem, informações, defesa, segurança é
muito diferente de bisbilhotagem, comércio, e imperialismo. Defender seus
interesses os Estados Unidos tem todo direito. Todos os países, que podem, o
fazem. Mas invadir e capturar informações pessoais, é crime. Muitos países os
cometem. Mas nosso líder ocidental não poderia estar liderando essa quadrilha.
Ficou mal para a América do Norte, mal para a CIA, e o ex-analista, desertor,
traidor ou herói passara para a história com ou sem o Premio Nobel da Paz. O
mundo não era mais seguro nem antes, nem esta depois do escândalo.
Eduardo P. Lunaderlli
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