segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Tudo é muito relativo

"Ex-analista da CIA Edward Snowden é indicado ao Prêmio Nobel da Paz". Essa é a manchete e notícia. Por trás dessa informação há duas leituras: uma dos que o endeusam e querem premia-lo, até para poder, de certa forma, garantir sua vida e preservar sua memória, e outros que o odeiam, e gostariam de mete-lo na cadeia, ou até condena-lo a pena capital por traição. Sempre há duas faces de uma mesma moeda. As razões que levaram o ex-analista da CIA a tal atitude são até hoje polêmicas. Passou de um simples analista a uma persona "non grata" da maior potencia do mundo. Não é pouco. Mas o que desejava de fato? Acabar com as espionagens? Fragilizar o sistema? Se vingar por razões pessoais? Ou é um libertário convicto, e fez tudo por um ideal utópico. Um dia saberemos. Por outro lado, sejam quais forem as razões do ex-analista, prestou um inestimável serviço ao mundo. Espionagem, informações, defesa, segurança é muito diferente de bisbilhotagem, comércio, e imperialismo. Defender seus interesses os Estados Unidos tem todo direito. Todos os países, que podem, o fazem. Mas invadir e capturar informações pessoais, é crime. Muitos países os cometem. Mas nosso líder ocidental não poderia estar liderando essa quadrilha. Ficou mal para a América do Norte, mal para a CIA, e o ex-analista, desertor, traidor ou herói passara para a história com ou sem o Premio Nobel da Paz. O mundo não era mais seguro nem antes, nem esta depois do escândalo.

 

Eduardo P. Lunaderlli

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