FALTA DE EDUCAÇÃO SEXUAL
ADEQUADA
Muitas pessoas aprenderam cedo na
infância que sexo é errado, sujo, um assunto que jamais deve ser comentado por “pessoas
de bem”. Pense na sua infância. Como você aprendeu sobre sexo? Aprendeu numa
conversa calorosa, franca e amorosa com seu pai e sua mãe, sentados juntos e
compartilhando parte da vida amorosa deles com você? Duvido muito. É mais
provável que em algum ponto de sua vida sua mãe tenha falado a seu pai: “Você
precisa ter uma conversa com seu filho (ou filha) sobre pássaros e abelhas”. E
seu pai deve ter falado: “Hã... bem... sua mãe quer falar com você”.
Se você é mulher, durante a
pré-adolescência sua mãe, a professora de ginástica ou o ginecologista lhe
contou, longamente, sobre o ciclo menstrual. É claro que suas amigas mais
velhas já tinham compartilhado essa novidade com você, mas alguém tinha de
ensinar-lhe como agir, em questão de higiene, ao chegar o momento de lidar com
essa situação excitante, embora assustadora.
No entanto, as informações
fundamentais sobre a relação sexual entre homem e mulher chegaram à maioria de
nós por meio de amigos “instruídos”, histórias pesadas e rabiscos nas paredes dos
banheiros públicos.
De acordo com os casais que atendo em
meu consultório, apenas dois por cento deles tiveram o que eles consideraram
uma educação sexual adequada. Os pais passaram a esses filhos afortunados as
informações, seus sentimentos, suas idéias e seus valores relativamente às
questões sexuais.
Uma das razões por que seus pais nunca
conversaram com você sobre sexo é que em nenhum momento alguém conversou com
eles sobre isso. Manter-se na ignorância era a forma aceitável de viver.
Vamos voltar a nosso auditório. As
pessoas ainda estavam rindo quando fiz a pergunta seguinte: “Como vocês chamam
a genitália feminina?” Pela segunda vez houve um profundo silêncio em todo o
auditório, que estivera próximo da histeria momentos antes. Eu comecei a instiga-los:
“Vamos lá! Como nós chamamos a genitália feminina?”.
Finalmente uma mulher se arriscou: “Em
minha família, não lhe dávamos nenhum nome. Simplesmente não nos referíamos a
ela. Era como se não existisse.” Um homem corpulento e forte, que parecia um
sargento dos fuzileiros navais, falou em voz alta: “Eu poderia responder-lhe,
doutor, mas não creio que deva fazê-lo aqui”.
Uma das razões que levou aquele homem
a pensar dessa forma é que a maioria dos nomes que conhecemos para a genitália
feminina é “de baixo calão”. São nomes obscenos, desagradáveis e depreciativos.
Por que os nomes para a genitália masculina são engraçados, enquanto as
referências à genitália feminina não são nada divertidas?
Kevin Leman
(O Sexo Começa na
Cozinha, ed. Mundo Cristão).
Nenhum comentário:
Postar um comentário